Um grupo de vinte distritos do centro e sul de Moçambique vão necessitar de apoio de emergência em produtos alimentares, até setembro, devido à fraca produção agrícola, anunciaram as autoridades moçambicanas. “Nesta fase, a assistência humanitária alimentar é urgente para reduzir as lacunas no consumo alimentar”, referiu Dino Buene, responsável nacional do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (Setsan), citado hoje pelo jornal estatal Notícias.

A crise alimentar vai afetar alguns distritos das províncias de Tete e Sofala, no centro, e de Inhambane e Gaza, no sul, de acordo com dados da equipa multissetorial para o setor alimentar. A fraca produção agrícola está associada a diversas pragas e à irregularidade das chuvas, acrescenta. A maioria dos 28,8 milhões de habitantes de Moçambique pratica agricultura de subsistência e depende da época chuvosa, que decorre anualmente de novembro a abril.

A Rede de Sistemas de Alerta Antecipado de Fome (FEWS Net, sigla inglesa) já tinha lançado também um alerta no final de maio.

“Devido a uma fracassada campanha agrícola de 2017/18, os agregados familiares mais pobres não têm acesso a rendimento aos níveis habituais no interior de Gaza, Inhambane, norte de Maputo, sul de Tete e partes das províncias de Manica e Sofala”, referiu num relatório consultado pela Lusa.

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