O chefe do executivo de Macau, Chui Sai On, afirmou esta quinta-feira que há “espaço para a cooperação” daquele território com a Guiné Equatorial, nomeadamente no setor do turismo e no intercâmbio cultural e humano.

Chui Sai On reuniu-se com o primeiro-ministro da Guiné Equatorial, Francisco Pascual Obama Asue, no âmbito da conferência internacional de infraestruturas, que arrancou em Macau com a participação de mais de 60 países.

“Desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a Guiné Equatorial, em 1970, a ligação entre os dois países desenvolve-se a bom ritmo e a cooperação e intercâmbio nas áreas económica e comercial, infraestruturas, cultura e educação, e saúde, têm sido a reforçadas”, frisou o chefe do executivo.

Para Chui Sai On, a língua portuguesa que ambos partilham é um mote para a cooperação bilateral no âmbito da iniciativa «Uma Faixa, Uma Rota», a qual tem “impulsionado o lançamento de projetos de cooperação de grandes infraestruturas entre a China e África”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Por sua vez, o primeiro-ministro da Guiné Equatorial destacou os 50 anos de relações diplomáticas entre a China e a Guiné Equatorial, apresentando os dois países “como irmãos”. O apoio da China, ao longo dos anos, e a sua participação no desenvolvimento e construção da Guiné Equatorial, que se alarga a outros países africanos, contribuiu para “uma nova fisionomia” daquele território, declarou.

Francisco Obama referiu ainda o plano de desenvolvimento nacional “Horizonte 2020”, cujo principal objetivo é, “de forma empenhada, construir infraestruturas para alcançar o desenvolvimento e a globalização”. Neste sentido, considera que a construção de «Uma Faixa, Uma Rota», proposta pelo Governo chinês, “tem um impacto positivo na Guiné Equatorial, no sentido de acelerar a construção de infraestruturas” e assim contribuir para o desenvolvimento económico e social daquele país.

Anunciada pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a iniciativa “Faixa económica da rota da seda e a Rota da seda marítima do século XXI”, mais conhecida como “Uma Faixa, Uma Rota”, está avaliada em 900 mil milhões de dólares, e visa reativar as antigas vias comerciais entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático.