Percebe-se o leilão de modelos clássicos e até mesmo em mau estado ou batidos, a necessitar de uma recuperação tão importante quanto dispendiosa. Mas a quem é que lembra leiloar um veículo completamente destruído pelo fogo, a ponto de não passar de um monte de metal, distorcido, uma vez que tudo o resto foi consumido pelas chamas?

O Ford GT, mesmo a versão de 2005, era um desportivo muito respeitável, animado por um imponente motor V8 sobrealimentado, cujos 5,4 litros de capacidade permitiam extrair 550 cv. Juntava a isto um chassi em alumínio e a maioria dos painéis da carroçaria no mesmo material, com os restantes a recorrerem a soluções compósitas. A potência elevada e o peso reduzido asseguravam um arranque 0-100 km/h em pouco mais de 3,5 segundos e uma velocidade máxima de 330 km/h, um cocktail difícil de igualar em 2005 e ainda hoje muito respeitável.

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A versão de 2005 do Ford GT, modelo que iniciou a comercialização um ano antes, destinou-se a homenagear o GT40, que venceu em Le Mans, mas a unidade que está a ser leiloada pela Copart, especializada em recuperação de veículos acidentados, foi vítima de um incêndio que a destruiu por completo. Caso estivesse em condições de circular, poderia atrair licitações superiores a 300.000€. Mas como está, 1€ já seria um abuso. Talvez isto explique que ainda não tenham sido apresentadas propostas na leiloeira para este monte de metal parcialmente fundido. O que espanta é que alguém, neste caso a Copart, pudesse pensar que seria um sucesso.

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