A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) confirmou esta segunda-feira, em comunicado, que vai realizar uma greve geral entre terça-feira e quinta-feira para reivindicar um reajuste salarial nos funcionários da função pública guineense.

A decisão de manter a greve foi anunciada após a realização, na semana passada, de um encontro de negociação com o Governo guineense. A central sindical pretende o cumprimento da nova grelha salarial já promulgada pelo Presidente da República e que visa, segundo a UNTG, reajustar o salário dos funcionários, que, passadas quase duas décadas, não beneficiaram de promoções na carreira, nem de aumentos salariais.

No comunicado distribuído à imprensa, a UNTG apela aos trabalhadores guineenses para se “manterem firmes e serenos na luta e defesa dos seus legítimos interesses laborais”. A UNTG exorta o Governo guineense a “tomar medidas sérias e urgentes tendo em consideração o compromisso assumido” com a central sindical.

A central sindical refere também, no comunicado, que se reserva o “direito de mobilizar os trabalhadores para desencadear uma greve semanal e sucessivamente até que seja tomada uma posição a favor dos trabalhadores”.

O ordenado mínimo pago na Função Pública guineense é de cerca de 30 mil francos cfa (cerca de 45 euros). Um saco de 50 quilogramas de arroz, base alimentar dos guineenses, ultrapassa os 20 euros. A UNTG realizou entre 7 e 9 de maio uma greve de três dias a exigir o reajuste salarial e teve uma adesão de cerca de 85% em todo o país.

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