A taxa de crimes contra pessoas diminuiu de 29,6 para 10,9 em cada 100 mil habitantes, entre 2010 e 2017, refere o inquérito “Estatísticas de Crimes e Justiça, 2017” do Instituto Nacional de Estatísticas (INE). O estudo, divulgado esta terça-feira, indica que, no geral, a ocorrência de crimes diminuiu de 2010 a 2017 em Moçambique.

“Os crimes contra pessoas registaram uma redução de 29,6 crimes em cada 100 mil habitantes para 10,9 em cada 100 mil habitantes”, refere o inquérito.

Os crimes contra a ordem e tranquilidade pública passaram de 62,6 em cada 100 mil habitantes, em 2010, para 22,0 em cada 100 mil habitantes. Os delitos contra a propriedade eram de 3,2 crimes para cada 100 mil habitantes, em 2010, passando para 2,7 crimes em cada 100 mil habitantes em 2017.

A província de Maputo, sul do país, registou no ano passado a taxa mais elevada de criminalidade, com 32,6 crimes em cada 100 mil habitantes, seguida da província de Sofala, centro, com 5,9 em cada 100 mil habitantes, e da província de Nampula, norte, com 5,4 crimes em cada 100 mil habitantes. As províncias do Niassa e de Cabo Delgado, ambas no norte do país, com 3,3 e 4,5 crimes em cada 100 mil habitantes, respectivamente, registaram as taxas de criminalidade mais baixas.

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O inquérito “Estatísticas de Crimes e Justiça, 2017” diz que, no ano passado, foram registados 2.959 e esclarecidos pelas autoridades policiais 2.660, ou seja, foram encontrados os seus autores. Em 2017, as autoridades policiais moçambicanas registaram 5.969 crimes contra a propriedade e esclareceram 4.843.

O número de crimes registados e esclarecidos reduziu em 60,1% e 59,0%, respectivamente, de 2010 para 2017, lê-se no documento.

“A redução de crimes registados revela um cenário positivo, pois o desejável seria que não houvesse nenhum crime, enquanto a redução de crimes esclarecidos não é um bom indicador, pois pode revelar lacunas no processo de esclarecimento de crimes”, diz o documento.