Foi com “estupefação” que Bruno Mascarenhas, antigo vogal da Direção do Sporting, reagiu ao comunicado do Conselho Diretivo leonino, tornado público esta quarta-feira, em que é acusado de apelar à “revolta” junto dos núcleos do clube.

“Que eu saiba pedir aos sócios do Sporting Clube de Portugal para se pronunciarem numa Assembleia Geral legítima não é apelar a uma ‘revolta’”, explica em comunicado enviado às redações. “Não quero acreditar que qualquer membro da Direção considere, em democracia, que o direito e o exercício do voto são sinónimo de ‘revolta’”, avança o antigo dirigente.

Mascarenhas garante que, enquanto esteve em funções, a sua lealdade com a Direção foi “total”, mesmo “quando discordava de decisões que eram aprovadas pelo órgão”. O ex-vogal, que apresentou a demissão na sequências das agressões em Alcochete, acredita ainda que “o direito à opinião e a manutenção das relações de amizade com os núcleos são, evidentemente, inalienáveis” e, como tal, diz não aceitar “mordaças nem ameaças”.

O antigo dirigente expressa, ainda, preocupação a respeito do atual momento do clube. “Depois da minha demissão, vi surgirem rescisões de jogadores, problemas com o empréstimo obrigacionista, ‘trapalhadas’ de Mesas de Assembleia Geral transitórias, litigância atrás de litigância, comunicados atrás de comunicados, conferências de imprensa atrás de conferências de imprensa, ou seja, vivemos o verdadeiro caos no clube e uma continuada destruição de valor, sem que o Conselho Diretivo assuma as suas efectivas responsabilidades em toda esta situação”, conclui.

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