O CDS enviou 31 perguntas ao Governo sobre o apoio dado às populações afetadas nos incêndios de 2017 e a prevenção da época que agora se inicia. No dia em que se completa um ano dos incêndios de Pedrógão Grande, o CDS promete continuar a “pressionar o Governo” com perguntas e propostas nesta área. As questões enviadas, via Parlamento, a sete ministérios e ao primeiro-ministro pretendem saber, por exemplo, quantas casas já estão reconstruídas e se os meios de combate aos incêndios estão já devidamente disponíveis para a época que agora se inicia.

Em conferência de imprensa na sede do CDS, a líder Assunção Cristas avisa que “sem a resposta a estas perguntas” de uma forma clara “ninguém garante” que “não serão repetidas as falhas do Estado” que marcaram os incêndios de 2017. Cristas diz que o CDS sente que tem “responsabilidade de trazer estas questões para a primeira linha da atualidade” e lembra que não deixa de pressionar o Governo porque isso “tem efeitos“.

As perguntas do CDS são para as mais variadas áreas, tendo a líder selecionado algumas das mais importantes na conferência de imprensa. Ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, por exemplo, é perguntado: “Quantos portugueses ainda se encontram sem acesso a telecomunicações, após os incêndios de 2017?” Ao mesmo ministro (Pedro Marques) é perguntado quantas das 157 casas de 1ª habitação já foram entregues aos proprietários e também quantas casas de 2ª habitação têm a obra contratualizada em cada um dos municípios afetados.

Ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, é perguntado, a nível da limpeza da floresta, se está concluída “sobretudo nas áreas definidas como de maior perigosidade” e se todos os agricultores que pediram apoio viram as suas candidaturas aprovadas.

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Já ao ministério da Justiça é perguntado quantos pedidos de indemnização das vítimas existiram e quantas dessas indemnizações foram pagas até agora.

O ministério da Administração Interna é questionado sobre meios para o combate aos incêndios deste verão, com perguntas como: “Quantos efetivos foram recrutados para os GIPS/GNR?” ou “Quantos meios aéreos foram contratados até à data?” O ministério da Saúde também é questionado em matéria de prevenção e reforço de meios. O CDS quer saber, por exemplo, “se está devidamente acautelada a deslocação de meios do INEM, em particular para a região centro do País, de forma a que as populações possam ser socorridas atempadamente e o INEM não entre em rutura.”

O primeiro-ministro também não escapa à longa lista de perguntas. Ao primeiro-ministro é perguntado “em que ponto está a elaboração do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais.”