Quem vai vencer o Mundial 2018? Esta é a pergunta do milhão de euros. Mas para lhe dar resposta, esqueça (por esta ordem) o polvo Paul, a vaca Sijtje, o elefante Zella ou até mesmo o gato Achilles (a praga dos animais adivinhos nunca vai parar?). Esqueça até as casas de apostas. Porque o que temos para lhe contar envolve ciência.

Um grupo de investigadores da universidade de Dortmund, na Alemanha, desenvolveu um sistema que junta estatísticas convencionais e um algoritmo random forest (que determina acontecimentos futuros usando uma árvores de decisões). Tudo para perceber quem vai levantar a taça no próximo dia 15 de julho.

Que dados foram usados?

Aqui é que está o mistério. É que para recorrer às máquinas, os investigadores inseriram uma série de dados e fatores que não se cingem ao plano desportivo – por exemplo, o PIB dos países também conta.

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Utilizaram-se dados como a classificação das seleções na FIFA, a idade média dos jogadores, a quantidade de atletas que participaram na Liga dos Campeões, se têm vantagem no campo onde jogam (ou seja, se, por exemplo, são anfitriões) – só para citar alguns.

Vamos a respostas?

Está torcer para que as máquinas digam que o vencedor vai ser Portugal, não é? Só que não. Ainda assim, o suposto futuro campeão do Mundo até está ligado ao nosso país. E ele é… (rufam os tambores)… a Espanha, primeiro adversário português na prova. São 17,8% de probabilidades, para sermos mais concretos.

Claro que tudo depende da estrutura da prova: que equipas que seguem em frente nas eliminatórias e em que posição. Por exemplo, a Alemanha tem 58% de hipóteses de chegar aos quartos de final, enquanto a Espanha tem 73% – e esta é a chave da previsão final, já que nuestros hermanos têm menos probabilidades de encontrar grandes colossos pelo caminho.

Convém também dizer que este estudo foi feito antes de a federação espanhola ter resolvido trocar de treinador a dois dias do arranque da prova. Teriam os resultados sido diferentes? Para isso vamos mesmo ter de esperar pelo mundo real.

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