Um ataque feito com um drone americano matou um dos chefes talibãs no Paquistão. Mullah Fazlullah foi o líder radical que deu ordens para o assassinato de Malala Yousafzai, a ativista paquistanesa que recebeu o prémio Nobel da Paz em 2014. A informação foi confirmada por um portavoz do ministro da defesa do Afeganistão esta sexta-feira.

A mesma fonte adianta que Fazlullah e outros dois dirigentes talibãs foram mortos na terça-feira de manhã. Um comunicado atribuído ao porta voz das forças americanas no Afeganistão revalava que os Estados Unidos conduziram um ataque de contra-terrorismo na região fronteiriça com o Paquistão, que tinha como alvo um líder de uma organização terrorista. Não foram no entanto referidas vítimas mortais.

Malala Yousafzai sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 2012 quando o líder talibã ordenou a sua morte por promover os direitos das raparigas do Paquistão de acesso à educação. Malala regressou pela primeira vez à sua cidade natal este ano, onde abriu uma escola fundada pela organização que criou para defender a educação das mulheres a nível mundial.

O grupo liderado por Fazlullah, chamado de Tehrik-e-Taliban, também foi responsabilizado pelo ataque contra uma escola militar na cidade de Peshawar em dezembro de 2014 onde foram assassinados mais de 140 crianças e os seus professores. O dirigente talibã terá ainda ordenado o bombardeamento de vários dos seus opositores quando o seu banco de rebeldes controlava o Swat Valley, uma zona pitoresca do Paquistão, em 2007.

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