O Governo de Macau quer proibir funcionários do setor dos casinos de entrarem dentro dos espaços destinados ao jogo, anunciaram esta sexta-feira as autoridades. Esta intenção, apresentada pelo Governo da Região Administrativa Especial chinesa, consta de uma proposta de alteração à lei que estabelece o condicionamento de entrada, do trabalho e do jogo nos casinos.

A interdição de entrada dos trabalhadores das concessionárias e subconcessionárias nos casinos, designadamente daqueles que desempenhem funções nas mesas de jogo, máquinas de jogo, caixas da tesouraria, áreas das relações públicas, restauração, limpeza e segurança nos casinos, bem como dos trabalhadores que tenham a cargo a fiscalização dos casinos, quando não se encontrem no exercício das suas funções”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo conselho executivo.

“Devido às especificidades do seu trabalho, os riscos atinentes aos impactos negativos do jogo são mais elevados”, justificaram assim as autoridades a sua vontade em alterar a lei vigente. Estes funcionários apenas vão poder entrar nos espaços de jogo nos primeiros três dias do Ano Novo Lunar quando tiverem ações de formação ou atividades de cariz associativo.

Pretende-se ainda simplificar o procedimento sancionatório nos casos de violação da interdição de entrada nos casinos, estabelecer mecanismo de aplicação de multas às pessoas com idade inferior a 21 que entrem ilegalmente nos espaços de jogo.

O Governo tenciona também reforçar a lei que diz respeito à proibição de gravação de imagens e sons nos casinos, bem como a proibição do uso de telemóveis ou de outros equipamentos na área das mesas de jogo.  De acordo com os dados do Governo, em 2017 os trabalhadores que desempenhavam funções, direta ou indiretamente no setor, do jogo eram mais de 56 mil.

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