Marques Mendes avançou este domingo, no seu habitual comentário na SIC, que António Costa irá fazer “um périplo por África” nas próximas semanas, sendo que irá visitar Angola “provavelmente na segunda semana de julho”.

A vista a Angola vai realizar-se, provavelmente na segunda quinzena de julho”, disse o antigo líder do PSD. “O primeiro-ministro vai fazer nas próximas semanas um verdadeiro périplo por África.”

De acordo com o comentador, o primeiro-ministro estará nos dias 25 e 26 de julho em São Tomé e Príncipe, seguindo depois para Moçambique, a 4, 5 e 6 de julho. Nos dias 17 e 18 de julho, António Costa estará na Ilha do Sal, em Cabo Verde, para a cimeira da CPLP, juntamente com o Presidente da República. “Provavelmente é a seguir que vai a Angola”, acrescentou.

Tudo indica que o programa da viagem está fechado, Angola deu aliás sinais de que tudo está a postos para a vista de António Costa, que deverá realizar-se assim que chegar a Luanda o processo que envolve o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente para que ali decorra o julgamento. O desanuviamento das relações entre os dois países surgiu depois desta decisão do Tribunal da Relação de Lisboa que correspondia às pretensões angolanas.

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PS: “Bye bye maioria absoluta”

Ainda no seu comentário, Marques Mendes considerou que a maioria absoluta do PS nas próximas eleições legislativas está em risco.

Pelo andar desta carruagem, se o PS não muda de comportamento, acho que a maioria absoluta foi à vida. Bye bye maioria absoluta”, afirmou.

O comentador citava uma sondagem a que teve acesso, e que será publicada esta segunda-feira, onde consta que o Partido Socialista está em queda pelo quarto mês consecutivo e que a diferença para o PSD se reduziu para 9% — não tanto devido a uma subida nas sondagens do líder social-democrata, Rui Rio, mas pela queda dos socialistas.

Uma informação que Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD, já parecia ter esta semana, quando há dois dias publicou este gráfico na sua página de Twitter.

A justificação apontada por Marques Mendes para este cenário? “Há casos a mais e causas a menos.” Isto é, o PS “está a ser penalizado” por várias situações, entre elas o caso Sócrates, o caso Manuel Pinho, a polémica com o ministro-adjunto Siza Vieira, “o divórcio com os professores”, os problemas no setor da saúde e as “guerrinhas” com a geringonça.

Além de que “deixou de ter causas”, ou seja, já houve uma reposição de rendimentos, redução do défice e o crescimento económico também já “acabaram”. “Não há novas causas”

“Pode ser a rutura nos hospitais”

O antigo líder do PSD focou-se precisamente nos problemas da saúde, no seu comentário, afirmando que está “muito preocupado” com o novo regime das 35 horas de trabalho para médicos e enfermeiros, que entra em vigor no próximo dia 1 de julho.

Isto vai ser um pandemónio”, afirmou Marques Mendes, considerando que “pode ser a rutura nos hospitais”.

O comentador afirmou que haverá uma “falta de pessoal” que só poderá ser resolvida ou com horas extraordinárias ou com a contratação de mais pessoal, mas nada disto deverá acontecer não só porque se prevê uma greve às horas extraordinárias como o Ministério das Finanças não irá dar autorização para a contração de mais funcionários.

Este cenário, de acordo com Marques Mendes, irá provocar “encerramento de serviços”, “redução de serviços”, “diminuição de camas” e “degradação do funcionamento dos hospitais”, “ainda por cima em tempo de férias”.

“Eu acho que tudo isto é uma certa leviandade da parte do governo”, disse Marques Mendes.