Os EUA vão cancelar os exercícios militares que estava marcados para o mês de agosto na Coreia do Sul, confirmando assim uma possibilidade avançada por Donald Trump no mesmo dia em que assinou o acordo com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

A notícia foi avançada num comunicado do Pentágono esta segunda-feira à noite. “De acordo com o compromisso do Presidente Trump e de forma concertada com o nosso aliado da República da Coreia, o exército dos EUA suspenderam todos os planos para os ‘jogos de guerra’ defensivos de agosto”, lê-se naquele comunicado.

Ainda assim, futuras manobras não são descartadas e em parte alguma é referida a retirada dos cerca de 28500 soldados norte-americanos destacados na Coreia do Sul. O tema vai ser discutido mais tarde durante esta semanano Pentágono, entre o secretário da Defesa, James Mattis; o secretário de Estado, Mike Pompeo; e o conselheiro para a segurança nacional, John Bolton.

Na conferência de imprensa que deu após a assinatura do acordo, Donald Trump rejeitou retirar os mil militares norte-americanos destacados na Coreia do Sul — “não vamos reduzir nada” — mas abriu a porta para, no futuro, suspender os exercícios militares naquele país. “Isso vai poupar-nos muito dinheiro, a não ser que vejamos que as negociações futuras não estejam a ir para onde queremos”, disse.

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Apesar de anunciada na conferência imprensa, a suspensão dos exercícios militares norte-americanos na Coreia do Sul não faz parte do acordo assinado entre Washington e Pyongyang. Porém, esta é uma medida que agradará ao regime de Kim Jong-un, que tem pedido de forma repetida aos EUA que coloquem um fim aos seus “jogos de guerra” na Coreia do Sul — expressão essa que tem sido recorrentemente usada pela Coreia do Norte e que, como o comunicado desta segunda-feira do Pentágono comprova, parece estar agora a entrar no léxico da administração norte-americana.

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