Para ganhar jogos como Portugal ganhou esta partida frente a Marrocos há duas regras obrigatórias: marcar golos como Cristiano Ronaldo e defender os remates adversários como Rui Patrício. E o guarda-redes português cumprir na perfeição a tarefa que lhe foi pedida: após um cabeceamento de Khalid Boutaib, o novo guarda-redes do Wolverhampton conseguiu prever a direção da bola e agarrá-la a tempo de não passa pela linha de golo.

A grande defesa de Rui Patrício é ainda mais notável se olharmos para a probabilidade de um guarda-redes a conseguir fazer. Numa situação de penálti marcado a 11 metros da baliza, a bola pode chegar à rede em menos de um segundo. Visto que o guarda-redes só pode avançar depois do remate, um penálti é quase indefensável, principalmente se a bola for enviada para longe do guardião — como aconteceu neste caso. Segundo um estudo publicado após analisar 286 penáltis, mais de 80% dos remates à baliza resultam em golo se forem rematados para a chamada “zona indefensável” — a que fica junto aos cantos interiores da baliza.

De facto, Khalid Boutaib conseguiu rematar a um dos cantos da baliza portuguesa, mas Rui Patrício antecipou a trajetória da bola. Deitou-se para o lado esquerdo da baliza (na perspetiva de quem vê o jogo de frente para as redes de Portugal) e puxou a bola para si, impedindo que fosse golo para Marrocos. Foi assim que Rui Patrício conseguiu evitar o empate a uma bola entre Portugal e Marrocos e manter a vantagem do lado português.

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