Cristiano Ronaldo precisou de dois minutos frente a Espanha para marcar; frente a Marrocos, precisou de quatro. O golo de cabeça do português deu a primeira vitória a Portugal neste Campeonato do Mundo — e, claro, a exibição de CR7 não passou ao lado da imprensa internacional. Assim como o lance entre Amrabat e Raphael Guerreiro (no qual os marroquinos reclamaram grande penalidade) ou a defesa de outra galáxia protagonizada por Rui Patrício aos 57 minutos.
O imparável Cristiano Ronaldo
Comecemos por Cristiano Ronaldo. Em Espanha, o AS destaca um “golo de instinto”, que é “marca da casa” de CR7.
Quanto ao El País, sublinha “a grande desmarcação do número sete” e acrescenta que Cristiano leva mais golos neste Mundial (quatro em dois jogos) do que em todos os anteriores (três em três edições). O Vanguardia fala de um Ronaldo “imparável”.
O periódico catalão Mundo Deportivo, não tem dúvidas: “É impressionante o início de Cristiano Ronaldo neste Mundial”.
No Brasil, o Globoesporte vai mais longe: “Alguém pare este homem!”, “ele está impossível”, é o que se vai comentando até ao momento.
Já em Itália, o Corriere dello Sport destaca a rapidez de Ronaldo, que voltou a marcar na fase inicial de um jogo.
Em Inglaterra, o The Guardian lembra o recorde de golos marcados num só Mundial, 13, que pertence a Just Fontaine. “Ronaldo sabe disso e ambiciona conseguir um lugar melhor”, escreve o jornal, em forma de desafio à sede de recordes do capitão português.
“Isto foi rápido”, sintetiza o The New York Times. O periódico norte-americano deixa ainda uma mensagem ao defesa que deixou CR7 sem marcação na área. “Como é que perdes Cristiano Ronaldo num canto?”.
O penálti pedido por Marrocos
O minuto 26 ficou marcado por um lance entre Amrabat e Raphael Guerreiro que deixou os marroquinos a pedir grande penalidade. A imprensa internacional é praticamente unânime: não havia razão para se assinalar castigo máximo.
É o que defende o AS, em Espanha. “As imagens mostram que o agarrão foi mútuo”, diz o diário espanhol. Já a Marca, garante que o agarrão de Guerreiro, a existir, aconteceu fora da grande área”. Ainda em Espanha, o El Mundo defende que o defesa português tira a bola “em situação limite” e que “ambos caem na área”.
O NYTimes lembra que “o contacto acontece fora da área, pelo que não deveria ser assinalado penálti”. O jornal norte-americano lembra ainda que ambos os jogadores se agarraram no lance.
Os franceses do L´Équipe fala também de um “duelo no limite entre Amrabat e Guerreiro”. Em Inglaterra, o The Guardian defende que Guerreiro agarrou a camisola de Amrabat, mas que o marroquino puxou os calções do português. O brasileiro Estadão considera “duvidoso” o corte do lateral da Seleção.
O golo de Cristiano Ronaldo acabou mesmo por ser decisivo e de garantir os três pontos — apesar das dificuldades que a formação marroquina colocou a Portugal. Daí que a generalidade da imprensa internacional tenha resumido a Seleção Nacional à prestação de CR7. É o que faz, por exemplo, o EL País, que diz que “Cristiano dá a vitória a Portugal”, assim como a Marca, que escreve que “Cristiano eliminou Marrocos”. Em Inglaterra, a BBC segue pela mesma linha e o norte-americano The New York Times vai mais longe: “um espetacular golo de Ronaldo é tudo o que Portugal precisa”. O argentino Olé diz mesmo: “Santo Ronaldo”.
A grande defesa de Rui Patrício
Rui Patrício voltou a ser decisivo com as quinas ao peito. Corria o minuto 57 quando o guardião português foi ao solo negar o empate a Belhanda, na sequência de um livre de Hakim Ziyech. Foi a defesa do jogo. Vamos ver o que a imprensa disse do momento do guarda-redes português?
Em Espanha, a Marca qualificou de “esplêndida” a intervenção de Patrício. Quanto ao El País, não tem dúvidas: esta foi “a defesa do jogo”. Ainda no país vizinho, o El Mundo Deportivo considera que o camisola 1 salvou a equipa nacional, enquanto o AS se limitou a constatar as evidências: “que defesa”.
Em Itália, o Corriere dello Sport alinha pela mesma batuta: o guardião português “salvou a vantagem portuguesa”. A mesma ideia defendida pelo Estadão, no Brasil,que adjetiva a defesa do guarda-redes como “linda” e “ótima”. Em França, o L’Équipe diz que Rui Patrício parecia Gordon Banks, ex-guardião inglês e um dos melhores de todos os tempos.
Quanto ao The Guardian, em Inglaterra, qualifica de “brilhante” o lance do português, lembrando também a defesa de Gordon Banks a remate de Pelé no Mundial de 1970 — considerada uma das maiores de sempre. Quanto ao The New York Times, diz que foi “tremendo” o momento de Rui Patrício.