Numa fase particularmente animada para a Hyundai, uma vez que 90% da sua gama tem menos de dois anos, o construtor sul-coreano apresentou o novo i20, o seu veículo utilitário que a marca define como “de conquista” de novos clientes e que, entre nós, assume particular importância por se fazer representar no segmento que mais vende. O modelo continua a oferecer versões de três e cinco portas, além da Active, mais vocacionada para uma utilização mais radical, ou pelo menos com aspecto disso.

Em termos estéticos, o i20 (com 3 e 5 portas) adopta à frente a nova grelha da marca, já vista no i30, enquanto na traseira são os farolins mais rasgados que chamam a atenção, tornando o modelo mais largo. Em matéria de diferenças para a versão anterior, a realçar ainda as novas jantes de 15 e 16 polegadas, e duas novas cores para a carroçaria, que passa a permitir ter um tejadilho numa cor contrastante, o que faz com que seja possível personalizar o veículo. O Active evolui menos face ao antigo, tanto mais que a frente exibe uma solução própria, mais tipo SUV, com diferenças menos evidentes face à versão antes do actual restyling.

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No interior, a possibilidade de decorar o modelo ao gosto de cada cliente também foi incrementada, graças a aplicações em cor vermelho, azul e violeta. É ainda de destacar uma maior capacidade de conectividade, como é moda nos carros mais recentes – dispondo o i20 de ecrãs centrais com 5” ou 7”, este último a cores –, bem como alguns sistemas de ajuda à condução, do Lane Assist ao sistema que evita os embates frontais, além do dispositivo que faz a comutação dos faróis máximos/médios automaticamente e outro que alerta quando o condutor está distraído.

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Em matéria de motorizações só “dá” gasolina, com o i20 a estar disponível com o motor 1.0 T-GDI de três cilindros, com versões de 100 e 120 cv, além do 1.2 atmosférico com 75 e 84 cv, e do 1.4, igualmente com quatro cilindros sem turbocompressor, com 100 cv. As caixas, essas, podem ser manual ou automáticas, sendo esta última uma de dupla embraiagem e sete velocidades, com a possibilidade de quem vai ao volante optar por um dos dois modos de condução.

Conduzimos o renovado i20, para constatar que o modelo continua a ser dos mais robustos do segmento, sólido e sem provocar os ruídos parasitas que tanto aborrecem (e com razão) os clientes. O desaparecimento de motorizações diesel vai ser sentido pelos condutores que percorrem mais quilómetros, uma vez que os gasolina conseguem atingir consumos interessantes e cerca de 1 litros acima dos antigos motores a gasóleo, apenas se optarmos por um ritmo calmo. Com ênfase no calmo. À medida que a pressa aumenta e a pressão no acelerador também, o consumo dispara e, com ele, a saudade dos diesel…

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Em Portugal, o importador pensa transaccionar cerca de 5.000 unidades do i20 até final do ano, o que não será difícil tanto mais que este é o modelo mais popular da Hyundai no nosso país, com ênfase na versão de 5 portas (que representa 83%, contra 2% das 3 portas e 15% do Active). Motores para os consumidores nacionais e partindo da oferta internacional, apenas vão chegar a Portugal o 1.2 e o 1.0 T-GDI, sendo que as vendas vão arrancar no final de Junho. O i20 mais acessível vai ser o 1.2 MPI de 75 cv e nível de equipamento Comfort, proposto por 15.784€ (já com algum equipamento de série, a começar pelo ar condicionado), com a versão 1.2 MPI de 84 cv e nível de equipamento Style, mais completo, a ser comercializada por 18.237€.

O motor 1.0 T-GDI de 100 e 120 cv chega em Outubro, o primeiro com caixa manual ou automática 7 EDC, mas o segundo apenas com esta última. A versão i20 Active, que se assume como um crossover a piscar o olho a quem gosta de SUV, mas está “curto” de verba, vai surgir igualmente em Outubro e apenas com o motor sobrealimentado 1.0 T-GDI. E se já está com saudade do motor diesel, saiba que a Hyundai armazenou uma série de unidades a gasóleo do modelo antigo, a gasóleo, o que deverá ser suficiente para abastecer o mercado até final do ano. É a versão antiga, mas se faz muitos quilómetros, vai ver que se esquece disso cada vez que for abastecer.

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Para atrair clientes que não sejam muito dados a chamar a si a propriedade do veículo, a Hyundai montou uma campanha de lançamento, que denomina Flex Mobility e onde tudo está incluído, da utilização do i20 aos pneus, seguros, assistência e manutenção. Respeitante ao i20 menos potente, com motor 1.2 MPI de 75 cv, a Hyundai propõe um ALD a 48 meses ou 50.000 km, com uma entrada inicial de 4.800€, em que o cliente paga 195€ por mês e ainda tem direito a um Tucson naqueles dias especiais em que necessita de mais espaço no habitáculo ou na mala.

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