O Konsolidarte, um coletivo de três artistas de Timor-Leste, dois timorenses e um português, participa em julho no “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”

Os artistas timorenses Xisto Soares e Tony Amaral e Ricardo Gritto levam três obras que, em conjunto, têm um valor estimado de 250 mil dólares: a “Caixa Pandora”, “Acervo” e “Intelectual Gym”, obras de pintura e mixed media em grande dimensão.

Em declarações à Lusa, Ricardo Gritto destacou a importância da participação no certame que permitirá dar a conhecer artistas de Timor-Leste num mercado como o chinês onde estão alguns dos maiores colecionadores do mundo.

Tony Amaral, 34 anos, é graduado da Escola Nacional de Arte em Sydney e já expôs na Austrália, Suíça, Indonésia e Timor-Leste, registando trabalhos em duas edições da Bienal de Arte Asiática.Ricardo Gritto, artista plástico e investigador, é autor de vários projetos, com mestrado em ciências da comunicação pela Universidade Nova e uma licenciatura em Belas Artes pela Escola Superior de Arte e Design do Instituto Politécnico de Leiria. Já Xisto Soares, 30 anos, é um pintor e artista autodidata que em 2003 se juntou à primeira escola de arte de Timor-Leste, a Arte Moris, tendo as suas obras integrado exposições na Suíça, China e Austrália.

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O Konsolidarte é um projeto de promoção e desenvolvimento da arte contemporânea timorense “num contexto de intercâmbio internacional de experiências e saberes no universo da arte, pintura, escultura, instalação e outras formas de expressão artística”. O projeto centra-se na realização de exposições, eventos e intervenções artísticas coletivas, “fomentando a interação e aprendizagem mútuas entre artistas nacionais e estrangeiros” e “tendo como objetivo final a internacionalização da arte timorense”.

A primeira exposição do grupo decorreu em maio de 2017, por ocasião do 15.º Aniversário da Restauração da Independência, sob o tema “independência”.

A primeira edição de “Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, organizada pelo Instituto Cultural (IC), decorre em julho e engloba cinco grandes eventos.

Destaque para um Festival de Cinema, a exposição e Palestra “Chapas Sínicas – Histórias de Macau na Torre do Tombo”, o Serão de Espetáculos, o Fórum Cultural e a Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa.