O Museu do Design e da Moda inaugura em setembro a exposição “Presente Futuro. Design para a mudança”, no Amoreiras Shopping Center, em Lisboa, no âmbito da programação “MUDE Fora de Portas”, foi anunciado esta segunda feira.

O MUDE encerrou em maio de 2016, para obras de requalificação integral do edifício de oito pisos, na rua Augusta, na Baixa de Lisboa, mas continuou a atividade numa programação de exposições, dentro e fora da capital.

Desta vez, o “MUDE Fora de Portas” chega a um centro comercial, “com o objetivo de ir ao encontro dos públicos mais variados, desenvolvendo um trabalho de sensibilização e consciencialização para a importância do design como fator de transformação social, de modo a contribuir para a formação de utilizadores mais informados, conscientes, críticos e criativos”, refere o museu em comunicado.

A mostra “Presente Futuro. Design para a mudança” é composta por “24 propostas de design que cobrem setores tão diversos como a saúde e a nutrição, o desporto, a alimentação, os transportes, as comunicações, a segurança, a educação ou a música”. De acordo com o museu, “o denominador comum [das propostas] é serem um barómetro do presente em mudança, ao contribuírem de diferentes maneiras para uma alteração de atitudes, comportamentos e valores, sendo exemplos do futuro em gestação”.

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Em exposição estarão “trabalhos desenvolvidos em Portugal por vários coletivos de autores, empresas, instituições de ensino ou centros de investigação de norte a sul do país que se associam a esta iniciativa enquanto parceiros”. “Presente Futuro. Design para a mudança” estará patente entre 06 de setembro e 21 de outubro, de segunda a domingo entre as 10:00 e as 23:00, estando programadas visitas guiadas aos domingos às 11:30.

O MUDE em Lisboa já só regressa à rua Augusta em 2019, ou depois, devido a atrasos nas obras, disse em março à Lusa a sua diretora, Bárbara Coutinho. “Ao contrário do que tínhamos previsto, o edifício da rua Augusta não reabrirá em 2018, devido a atrasos nas obras, e isso fará com que continuemos a desenvolver a nossa programação ‘MUDE Fora de Portas’, em Lisboa e não só”, afirmou na altura a responsável.

A requalificação integral do edifício, referiu, “é uma obra muito complexa”. “É uma obra que, importa não esquecer, não está a ser feita para uma exposição temporária ou para que o público a possa utilizar para um período curto. Estamos a fazer uma obra para a instalação de um museu, algo bastante complexo, exigente”, disse.

Até 15 de julho está patente no Palácio Calheta, na zona de Belém, também em Lisboa, “Tanto Mar. Fluxos transatlânticos pelo design”, a terceira de três exposições naquele espaço no âmbito de um protocolo entre o MUDE e a Universidade de Lisboa.

O “MUDE Fora de Portas”, no entanto, não deverá acabar quando o museu regressar à base. “Toda a ação fora do edifício que iniciámos com o ‘MUDE Fora de Portas’ é nossa intenção manter. Claro que as coisas terão depois outra ponderação e outra calendarização, quando regressarmos à rua Augusta, em termos de sede do museu”, referiu Bárbara Coutinho.

Inaugurado em 2009, com base na Coleção Francisco Capelo, o MUDE recebeu, até à data de encerramento do edifício sede, mais de 1.920.500 visitantes, apresentou 58 exposições, realizou 177 eventos e 39 edições relacionadas com o seu acervo de moda e ‘design’. O acervo do MUDE ganhou, nestes sete anos de existência, mais de 800 novas peças para incorporação, sobretudo doações na área do ‘design’ e da moda de criadores portugueses.