O novo chefe de missão para Angola do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse esta terça-feira, em Luanda, que a organização financeira vai continuar a garantir apoio a todos os esforços do Governo angolano para a estabilização da sua economia.

Mário Zamaroczy falava aos jornalistas no final de um encontro que manteve com o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, para sua apresentação nas funções de chefe da Missão de supervisão Económica para Angola, junto do Departamento Africano do FMI em Washington.

“Isto é uma missão do FMI que visita Luanda mediante pedido das autoridades angolanas para responder ao interesse que as autoridades demonstraram sobre a possibilidade de se levar a cabo um programa juntamente com o FMI”, disse o francês Mário Zamaroczy, que substitui no cargo o brasileiro Ricardo Veloso.

A visita, com a duração de uma semana, vem, segundo o responsável do FMI, responder ao pedido de assistência técnica das autoridades angolanas.

“Começamos hoje de manhã com as discussões iniciais, mas essas estavam focadas nas evoluções recentes macroeconómicas do país. A nossa missão precisava de obter dados atualizados relativos ao desempenho económico e as intenções de política das próprias autoridades, para podermos atualizar o nosso quadro macroeconómico e as projeções”, explicou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Acrescentou ainda que esta deslocação a Angola visa também entender melhor “quais são as necessidades do executivo, do Governo”, bem como identificar formas de “apoiar o Governo nos seus esforços de estabilização da economia e preparação também do terreno para assegurar melhor o desenvolvimento económico”.

“Sabemos que o Governo está a levar a cabo muitos esforços para alterar a situação económica e também para responder aos desafios da economia e também está a prepara o seu Plano Nacional de Desenvolvimento para que o país possa crescer e possa sair da crise que enfrentava no passado”, referiu.

Mário Zamaroczy sublinhou que a cooperação entre o FMI e Angola “não é de desembolso”, somente de assessoria técnica, “para apoiar todos os esforços das autoridades angolanas, no sentido de implementarem o seu plano de estabilização macroeconómico”.

“E queremos prestar assessoria e orientações às autoridades para assegurar a coerência e todas as medidas e intervenções de políticas que vão levar a cabo, responder com assistência técnica e reforço de capacidades”, sublinhou.