A situação está cada vez mais preocupante aos olhos da indústria automóvel britânica, que ainda há pouco tempo era um dos pilares da economia do Reino Unido. Segundo a Society of Motor Manufacturers and Traders (SMMT), o investimento dos fabricantes caiu cerca de 50% e os despedimentos não param de aumentar, consequência da redução da capacidade produtiva, motivada pela menor procura interna, mas também pela deslocação de fábricas para a União Europeia (UE), evitando assim futuras taxas de exportação.

A redução em aquisições em novas fábricas, maquinaria, ferramentas e moldes foi reduzida a metade nos últimos meses e, se considerarmos o investimento da indústria entre Janeiro e Junho de 2018 no Reino Unido, o total foi de apenas 347 milhões de libras, contra os 647 milhões no mesmo período de 2017”, alerta o responsável executivo da SMMT, Mike Hawes.

Para o responsável da SMMT, “a situação é muito grave e resulta, sobretudo, da falta de uma estratégia para o pós-Brexit e da ausência de um plano B, caso as negociações com a UE corram de forma menos satisfatória, face às aspirações britânicas”.

A queda nas vendas de veículos novos, nos investimentos e na força de trabalho ocorre depois de um longo período em que o sector revelou um crescimento muito respeitável, cenário que se inverteu quando foi tomada a decisão de o Reino Unido abandonar a UE.

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