Uma jovem colombiana afirma ter sido violentamente agredida e insultada por um elemento da empresa de segurança da 2045, na madrugada do passado domingo, no Porto, quando tentava entrar num autocarro, segundo o Jornal de Notícias.

Tudo começou às 5h da manhã, quando a jovem e três amigas regressavam das festas de São João, no Porto. Numa paragem de autocarro, na Rua do Bolhão, tiveram um desentendimento com um homem que também aguardava por entrar no autocarro, quando Nicol Quinayas, lhe passou à frente na fila.

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O fiscal percebeu e impediu a entrada de Nicol e de outra amiga, puxando-a para fora do autocarro. “No autocarro, ficou a outra minha amiga, talvez por ser branca, pois um outro segurança não a deixou sair. Já no exterior olhei para o segurança e disse-lhe: “O senhor está doido. Nem deveria estar ao serviço”. E ele deu-me logo um murro”, confessou a jovem, citada pelo Jornal de Notícias.

De seguida, a jovem conta que foi esmurrada pelo segurança, que a imobilizou com um joelho na cabeça. De acordo com Nicól, o agressor terá ainda gritado “estes pretos não aprendem”, entre outros comentários. Posteriormente, o segurança chamou a PSP e uma ambulância. A jovem também se queixou de não ter sido ouvida pelos agentes da Polícia de Segurança Pública que estiveram presentes no local. Nicol Quinayas acabou por ter que ser transportada para o Hospital de Santo António, apresentando um traumatismo facial, conta o Expresso.

Em comunicado, a empresa envolvida, a 2045, confirmou ter iniciado “um processo de averiguações interno, que está a decorrer”, adiantando ter cerca de 3000 funcionários, entre vigilantes e colaboradores da estrutura, “sendo que estão inseridos na equipa elementos de várias etnias, sem qualquer tipo de discriminação de nacionalidade, religião, raça ou género”. No entanto, o Expresso noticia esta quarta-feira que o segurança se encontra suspenso, enquanto decorre um processo de averiguação interna.

Também a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto optou por prestar informações por escrito, confirmando a situação ocorrida na madrugada da maior festa da cidade do Porto, “envolvendo uma jovem e o fiscal da empresa 2045”, está a ser alvo de processo de averiguação interno.

Nicól Quinayas apresentou queixa-crime à PSP, o processo vai passar a ser investigado pelo Ministério Público.