A Noruega juntou-se esta quinta-feira aos oito países da União Europeia que manifestaram disponibilidade para acolher os 233 migrantes que desembarcaram na quarta-feira à noite em Malta depois de passarem seis dias no navio da ONG alemã Lifeline.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro maltês, Joseh Muscat, na sua conta de Twitter, alargando para nove o total de países dispostos a receber uma quota de refugiados do Lifeline: Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Malta, França, Bélgica, Holanda e agora Noruega. O país escandinavo não é membro da União Europeia, mas faz parte do Espaço Económico Europeu.

O acordo prevê que os estados-membros da União Europeia (UE) distribuam entre si os refugiados, mas só serão acolhidos os que “cumpram os requisitos para pedir asilo”, disse Muscat na quarta-feira numa conferência de imprensa.

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O navio encontra-se retido e o seu capitão, Claus-Peter Reisch, foi interrogado durante a noite, segundo o diário “Maltatoday”. O jornal, que cita fontes próximas da investigação, refere que as autoridades estão a tentar esclarecer a quem pertence o navio, já que está registado com bandeira holandesa, mas este país assegura que não pertence ao seu registo naval. Em causa está o facto de atuar como embarcação de resgate quando está registado como embarcação de recreio na Holanda. Para já, não foram tomadas medidas contra os oito membros da tripulação e o fotógrafo italiano que seguiam a bordo.

Todos os migrantes, entre os quais se encontram 17 mulheres e cinco crianças, foram encaminhados para um centro de acolhimento em Marsa, exceto três crianças e um adulto que foram hospitalizados. Entre estes encontra-se um menino de dois anos e meio, que viajava sozinho, desconhecendo-se onde estão os seus familiares.

As autoridades maltesas já iniciaram o processo de avaliação dos migrantes para determinar os que reúnem condições para requerer asilo e recolocação num dos países disponíveis para o acolhimento.