A Noruega juntou-se esta quinta-feira aos oito países da União Europeia que manifestaram disponibilidade para acolher os 233 migrantes que desembarcaram na quarta-feira à noite em Malta depois de passarem seis dias no navio da ONG alemã Lifeline.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro maltês, Joseh Muscat, na sua conta de Twitter, alargando para nove o total de países dispostos a receber uma quota de refugiados do Lifeline: Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Malta, França, Bélgica, Holanda e agora Noruega. O país escandinavo não é membro da União Europeia, mas faz parte do Espaço Económico Europeu.
????PRESS RELEASE: #Norway offers to join 8 #EU MS in ad hoc initiative led by #Malta PM @JosephMuscat_JM for shared responsibility in MV #Lifeline #humanitarian crisis. @JosephMuscat_JM thanks PM @erna_solberg for offering to be part of #europeansolution➡️https://t.co/46UvMQ3Qc2 pic.twitter.com/uWGWHm4IsJ
— Government of Malta ???????? (@MaltaGov) June 28, 2018
O acordo prevê que os estados-membros da União Europeia (UE) distribuam entre si os refugiados, mas só serão acolhidos os que “cumpram os requisitos para pedir asilo”, disse Muscat na quarta-feira numa conferência de imprensa.
O navio encontra-se retido e o seu capitão, Claus-Peter Reisch, foi interrogado durante a noite, segundo o diário “Maltatoday”. O jornal, que cita fontes próximas da investigação, refere que as autoridades estão a tentar esclarecer a quem pertence o navio, já que está registado com bandeira holandesa, mas este país assegura que não pertence ao seu registo naval. Em causa está o facto de atuar como embarcação de resgate quando está registado como embarcação de recreio na Holanda. Para já, não foram tomadas medidas contra os oito membros da tripulação e o fotógrafo italiano que seguiam a bordo.
Todos os migrantes, entre os quais se encontram 17 mulheres e cinco crianças, foram encaminhados para um centro de acolhimento em Marsa, exceto três crianças e um adulto que foram hospitalizados. Entre estes encontra-se um menino de dois anos e meio, que viajava sozinho, desconhecendo-se onde estão os seus familiares.
As autoridades maltesas já iniciaram o processo de avaliação dos migrantes para determinar os que reúnem condições para requerer asilo e recolocação num dos países disponíveis para o acolhimento.