O Ministério Público abriu uma investigação à agressão que envolveu uma jovem colombiana de 21 anos na paragem de autocarro do Bolhão. A notícia foi avançada pelo Público e confirma que o incidente e o presumível culpado — um segurança da empresa 2045 que fiscaliza a STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) — já está a ser tratada por este órgão judicial.

A dimensão deste incidente aumentou depois de partidos como o PCP, PS, BE e PSD terem pedido ao Governo que se debruçasse sobre o que de facto aconteceu, reação que se seguiu à queixa-crime apresentada pela jovem n esquadra da PSP, no dia 25. A resposta surgiu em pouco tempo na forma de uma investigação liderada pela Procuradoria-Geral da República.

A jovem de origem colombiana chama-se Nicol Quinayas, vive em Portugal desde os cinco anos e acusou o fiscal de a agredir brutalmente enquanto proferia insultos racistas. Relatou ainda que os agentes da PSP que se deslocaram ao local do crime não a identificaram, apenas falaram com o segurança. Já foi comprovado também que a Polícia de Segurança Pública só elaborou o auto do acontecimento três dias depois.

Entretanto, pela internet começou a circular um vídeo onde se vê o fiscal com os joelhos em cima da jovem, imobilizando-lhe o braço — enquanto no chão se vê uma mancha de sangue.

A PSP já anunciou que que foi aberto um processo de averiguação interno.

O ministro da da Administração Interna, Eduardo Cabrita, diz que “não tolerará fenómenos de violência nem manifestações de cariz racista ou xenófobo”.

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