O ministro da Saúde afirmou esta sexta-feira que a contratação planeada de profissionais de saúde na sequência da aplicação das 35 horas semanais visa garantir o funcionamento dos serviços, mas assegurou que as entidades do setor reagirão rapidamente se necessário.

Questionado pelos jornalistas sobre possíveis consequências da aplicação do horário das 35 horas de trabalho semanais, a partir de 1 de julho, como encerramento de camas nos hospitais, Adalberto Campos Fernandes respondeu que “o trabalho que está a ser feito não indica [consequências] nesse sentido”.

Num encontro com dirigentes do ministério realizado no dia 18, Campos Fernandes disse que o desafio das 35 horas está a ser preparado, salientando que Governo e instituições estão a trabalhar e a preparar “como nunca foi feito”, numa tentativa de “demonstrar objetivamente as necessidades”.

Segundo adiantou na altura o ministro, está a ser feita “uma avaliação de necessidades”, fazendo “ajustamentos unidade a unidade”, de forma a realizar uma “reposição do que for necessário” e “amortecer a necessidade de recursos”.

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Numa audição parlamentar a 20 de junho, Adalberto Campos Fernandes explicou contratação de profissionais de saúde para suprir as necessidades da passagem às 35 horas de trabalho semanais a 1 de julho será feita em duas fases, disse hoje o ministro da Saúde.

Segundo o governante, as contratações irão decorrer numa primeira fase em julho e numa segunda fase em setembro ou outubro, sendo que no próximo mês serão contratados pelo menos dois mil profissionais de saúde.

Esta sexta-feira, o governante explicou que o planeamento da primeira fase para enfrentar esta transição “está a ser adaptado às necessidades reais e quer a ACSS [Administração Central do Sistema de Saúde], quer as ARS [Administrações Regionais de Saúde], não deixarão de, em situações fora do que o planeamento definiu, reagir rapidamente”. O ministro da Saúde falava aos jornalistas à margem da conferência Ibero-americana da qualidade na saúde, promovida pela Direção-Geral da Saúde, a decorrer em Lisboa.

A partir de domingo, enfermeiros, assistentes e técnicos vão regressar às 35 horas de trabalho semanais, em vez das 40 atuais.