Para quem acusa os homens de serem mais violentos, irrascíveis e sempre prontos para andar à pancada, o melhor é pôr os olhos nestas três senhoras. De forma perfeitamente gratuita e sem qualquer razão, a condutora de um Mercedes Classe C decide apitar a uma senhora que atravessava a passadeira. Ora, o peão não gostou do apito e talvez nem da curta distância a que o carro passou de si, pelo que resolveu bater com o saco das compras no veículo. Foi aí que tudo se complicou.

Em pleno mundial de futebol, onde os melhores atletas do mundo por vezes fazem entradas mais violentas quando o árbitro não está a ver – o que agora é difícil com o VAR –, mas sempre no calor da disputa e em defesa da pátria ou da sua reputação, não conseguimos imaginar os motivos (muito antes do mundial arrancar) que poderão ter levado as russas no carro a achar aceitável apitar à sua compatriota, só por esta atravessar calmamente na passadeira. Da mesma forma que é no mínimo estranho – e contra a lei – a russa em ritmo de passeio concluir que pode bater com o saco das compras no carro, só porque lhe apitaram.

Depois da fase dos miminhos, que é como quem diz dos apitos e riscos na pintura, eis que as russas passam ao ataque, qual ponta-de-lança. A condutora sai do carro, com ar decidido para pedir explicações, e o peão não se intimida. A condutora dá a primeira estalada, mas o peão agarra-lhe no cabelo e depois de a obrigar a uma pirueta, estatela-a no chão, estabelecendo o score de 1-0 para o peão. Mas eis que a passageira sai do carro para reforçar o ataque e num 2 contra 1, o peão não tem hipótese. Não há agressões violentas, mas as três vão ficar algo descabeladas durante uns tempos. O espectáculo – devidamente documentado por uma câmara de tablier de um veículo estacionado – terminou com a intervenção de dois homens, verdadeiros desmanchas-prazeres na opinião de quem assistia ao “encontro”, que a muito custo lá conseguiram que as mãos de umas largassem os cabelos das outras.

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