A Porsche reconhece, em comunicado, que foi detectado um lote de veículos equipados com uma peça defeituosa no eixo traseiro, que se pode partir, soltar e perturbar o funcionamento da suspensão posterior, dando azo a acidentes. A marca alemã, que fabrica todos os seus veículos na Europa, admitiu ter detectado 715 unidades do novo Panamera afectadas, entre as destinadas aos EUA e a Porto Rico, país caribenho que, em certos aspectos, é uma extensão dos EUA.

Em causa está um tirante metálico da barra estabilizadora, sujeita a um esforço considerável e que a todo o momento pode partir. Caso isso aconteça, a peça defeituosa pode entrar em contacto com as restantes que fazem funcionar o eixo posterior, sendo imprevisível o que daí pode derivar. A marca alemã admitiu o problema e informou que os concessionários irão substituir o tirante da barra estabilizadora com defeito, sendo que os proprietários irão ser avisados dessa necessidade.

Como é sabido, as leis americanas obrigam os fabricantes a informarem imediatamente o mercado e as autoridades sempre que detectam qualquer irregularidade que ponha em causa a segurança dos cidadãos, regulamentação que (lamentavelmente) não existe na Europa. Contudo, seria bom saber se há na Europa Panamera da última geração – ou de qualquer uma outra – com o mesmo defeito das unidades já detectadas no mercado americanas.

Consciente dos danos que esta situação tem para a sua imagem, a Porsche avança que, segundo a Autoevolution, irá suspender a comercialização do Panamera até novas informações, não revelando o número de unidades defeituosas, e ainda não comercializadas que estão em stock.

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