O secretário-geral do PCP advertiu este sábado que os comunistas decidirão com independência e autonomia o voto sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019, recusando “pressões inaceitáveis” por parte do primeiro-ministro e do Presidente da República.

Em conferência de imprensa para apresentar as conclusões da reunião do Comité Central do PCP, na sede comunista, em Lisboa, Jerónimo de Sousa frisou que o partido “mantém a sua autonomia e a sua independência de avaliação” face a uma proposta que, sublinhou, ainda não é conhecida.

O líder do PCP considerou que as “declarações convergentes do Presidente da República e do primeiro-ministro” sobre o Orçamento do Estado para 2019 e sobre o prazo da legislatura “visam desviar da avaliação concreta” do documento e “reduzir as opções da política do governo ao texto orçamental”.

“Ou seja, na opinião do Presidente da República e do primeiro-ministro, não interessa o que a proposta de Orçamento diz. Interessa é ser votado ou não. Ora, nós pensamos que isto é uma pressão inaceitável e uma visão muito restritiva em relação à importância que assume a lei de Orçamento do Estado para 2019”, criticou Jerónimo de Sousa.

Perante aquelas “posições convergentes” que, segundo o secretário-geral comunista visam “pressionar o PCP”, os comunistas mantém “a sua autonomia e independência de avaliação” nem “cederá a pressões ou condicionamentos”.

Apontando “contradições” ao Governo PS, das quais disse “sobressair” uma “crescente convergência com o PSD e o CDS para garantir o essencial da política de direita”, Jerónimo de Sousa avisou que a avaliação da situação política e da ação do Governo minoritário do PS “não se resume ao estrito exame do Orçamento”.

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