Soraya Sáenz de Santamaría e Pablo Casado vão disputar a segunda volta das eleições pela liderança do PP no congresso de 20 e 21 de julho. Os dois candidatos, os mais votados nesta quinta-feira, tiveram 21.513 e 19.967 votos, respetivamente. A diferença entre os dois foi de apenas 3%. De fora ficou María Dolores de Cospedal, com 15.090 votos. A participação foi de mais de 87%.

A ex-ministra da Defesa chegou a ser apontada como uma das grandes favoritas, juntamente com Santamaría. Porém, assim que as urnas foram encerradas às 20h30 (19h30 em Lisboa), os jornais espanhóis começaram a referir-se a Casado como um dos favoritos.  O vice-secretário de comunicação do partido venceu em Madrid com 4.487 votos (54.4%), região com o segundo maior número de votantes inscritos. Já na Andaluzia, onde votaram mais militantes do PP, a grande vencedora foi Santamaría, com 5.600 votos. Cospedal ficou em segundo lugar na região e Casado em terceiro, refere o ABC.

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As urnas abriram às 9h30 (8h30 em Lisboa) e foram encerradas às 20h30 (19h30 em Lisboa). A votação foi disputada por seis os candidatos, para a qual se inscreveram 66.706 dos 860 mil militantes que formam o PP. Uma vez que nenhum dos candidatos conseguiu alcançar mais de 50% dos votos, uma vantagem de 15% ou uma vitória em mais de 50% dos círculos eleitorais, terá de haver uma segunda volta no congresso de 20 e 21 de julho. Será nessa que será escolhido o sucessor de Mariano Rajoy, que abandonou a presidência do PP no mês passado na sequência de uma moção de censura lançada por Pedro Sánchez.

Acusações de irregularidades mancham dia de eleições internas no PP

As eleições internas do PP ficaram marcadas por queixas por parte de Cospedal e Casado, que apontaram irregularidades em diferentes assembleias de voto.

De acordo com o El País, a equipa de Pablo Casado queixou-se de que militantes que não se inscreveram para votar nestas eleições puderam, apesar de tudo, fazê-lo sem problemas em Orihuela, na Comunidade Valanciana. Por outro lado, a equipa de María Dolores de Cospedal comunicou que queria impugnar os resultados de algumas assembleias de voto catalãs, por achar que ali tinham sido criadas as condições para que os votos fossem alegadamente desviados para Casado. E em Málaga, na Andaluzia, também houve queixas no mesmo sentido, mas desta vez com a alegada manobra de desvio de votos a favorecer Soraya Sáenz de Santamaría.