Todas as zonas balneares do litoral alentejano, sob jurisdição da Capitania do Porto de Sines, já estão vigiadas com nadadores-salvadores, tendo o dispositivo sido montado mais cedo do que no ano passado.

“Todas as praias concessionadas e mesmo as que não têm concessão, mas são responsabilidade das câmaras municipais, já têm vigilância”, disse esta quinta-feira à agência Lusa o comandante Manuel Sá Coutinho, responsável da Capitania do Porto de Sines, no distrito de Setúbal.

A vigilância abrange as praias sob jurisdição da capitania de Sines, entre Melides, no concelho de Grândola (Setúbal), e Carvalhal, em Odemira (Beja). O dispositivo foi montado nas praias de Melides (Grândola), Costa de Santo André e Fonte do Cortiço (Santiago do Cacém), Vasco da Gama, São Torpes, Morgavel, Vieirinha, Porto Covo e Ilha do Pessegueiro (Sines), no distrito de Setúbal, e Malhão, Farol, Franquia, Furnas, Almograve, Zambujeira do Mar, Alteirinhos e Carvalhal (Odemira), no distrito de Beja.

“A prioridade foi para as praias concessionadas e foram essas as primeiras a receberem nadadores-salvadores. Gradualmente, foi-se completando o dispositivo de vigilância e, no final de junho, tínhamos todas as praias vigiadas”, assegurou. Também a praia fluvial da Barragem de Santa Clara, em Odemira, conta com dois nadadores-salvadores.

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No ano passado, devido à falta de nadadores-salvadores, o dispositivo de vigilância no litoral alentejano só ficou completo na segunda semana de julho. “Este ano, conseguimos ter o dispositivo montado mais cedo do que no ano passado e a maior parte das praias já tem a Bandeira Azul hasteada”, acrescentou o capitão do porto de Sines.

Para as zonas que não são designadas como praias de banho, a Capitania do Porto de Sines disponibiliza duas viaturas todo-o-terreno, do projeto ‘Seawatch’, com dois militares da Marinha com formação de nadador-salvador, que vão reforçar a segurança e vigilância da costa durante a época balnear. “As viaturas vão patrulhando, ao longo dos dias, essas praias para sensibilizar e alertar as pessoas, detetar situações de risco e atuar caso necessário”, explicou Manuel Sá Coutinho, alertando para a necessidade de ser respeitada a sinalética.

“A sinalética prevista nas concessões balneares está toda montada, assim como as praias que não são vigiadas têm a placa identificativa de zona não vigiada. Este ano, já com caráter obrigatório, existem as bandeiras que indicam as zonas aconselhadas para banhos e isso também já está a ser utilizado em todas as praias da nossa jurisdição”, garantiu. Para Manuel Sá Coutinho, as praias sem vigilância constituem uma preocupação acrescida, tendo em conta a extensão da costa alentejana.

No ano passado, no litoral alentejano, não se registaram mortes nas praias vigiadas, durante a época balnear.