Ativistas da Climáximo serviram esta sexta-feira “‘cocktails’ de petróleo”, à margem da cimeira do clima, no Porto, num protesto “simbólico” contra as políticas climáticas do Governo português e do ex-Presidente americano Barack Obama, explicou o porta-voz da organização João Costa.

“A nossa ação foi em forma de denúncia dos temas que estão a ser debatidos na cimeira do clima e para a qual Barack Obama foi convidado, não esquecendo que, durante a sua administração, os Estados Unidos tornaram-se o maior produtor de combustíveis fósseis”, frisou João Costa.

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O protesto, que reuniu sete ativistas da organização, durante a manhã de sexta-feira, realizou-se à porta do Coliseu do Porto, onde decorre a “Climate Change Leadership Porto Summit 2018”, que, além do ex-líder americano, conta com a presença de ministros portugueses, assim como outras figuras da política do país.

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João Costa afirmou que o Governo tem vindo “a fechar os olhos” em relação às questões climáticas, acrescentando que “a administração Obama muito impulsionou o discurso contra o carvão, em prol da utilização do gás fóssil”.

Há aqui uma maquilhagem dos números, porque, de facto, quanto à extração de gás fóssil, tanto durante o transporte, como durante a extração, as fugas podem chegar aos 7%. E, se as fugas chegarem apenas aos 3%, a extração de gás já é mais poluente que o carvão”, acrescentou o ativista.

A organização Climáximo tem também previsto para sábado um protesto intitulado “Petróleo é má onda”, durante o qual vai realizar ações em “25 praias de norte a sul do país”, segundo informou o responsável.

A conferência sobre as alterações climática gerou, sexta-feira de manhã, uma fila de cerca de duas horas para a entrada dos convidados na Rua Passos Manuel, onde está montado, desde madrugada, um forte dispositivo de segurança e corte de trânsito.

Obama: “O meu sucessor não concorda muito comigo”

Além de Barack Obama, também está prevista a presença do premiado com o Nobel da Paz Mohan Munasinghe, bem como a ex-diretora geral da UNESCO Irina Bokova e o conselheiro económico político Juan Verde.