O Tribunal de Alenquer decretou esta sexta-feira a prisão preventiva para dois bombeiros da corporação local, suspeitos de terem ateado, pelo menos, uma dezena de incêndios no concelho desde o verão de 2017, disse à agência Lusa fonte judicial.

Os dois homens, com 20 e 23 anos, são suspeitos de terem provocado, pelo menos, uma dezena de incêndios florestais e urbanos, um dos quais obrigou à intervenção de meios aéreos, afirmou à agência Lusa fonte da Polícia Judiciária.

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Um incêndio que ocorreu em setembro passado no Camarnal provocou ferimentos num bombeiro e num sapador florestal, colocou em risco cinco habitações e mobilizou três meios aéreos, 42 viaturas e 150 bombeiros.

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A mesma fonte da PJ explicou que os dois bombeiros, um profissional e outro voluntário, agiam apenas para terem mais trabalho e ganharem mais no corpo de bombeiros, ao serem mobilizados para o combate às chamas.

A investigação da PJ foi desencadeada por denúncias de populares às autoridades sobre a existência de veículos suspeitos junto à zona onde os fogos deflagraram. A PJ veio a concluir que se trataria dos veículos dos suspeitos. Para atearem fogo, utilizavam gasolina, que espalhavam em locais isolados de mato e arvoredo, e largavam fogo.

Os fogos de que estão indiciados ocorriam tanto em dias em que estavam de folga da corporação, como quando estavam de serviço.

Detidos dois bombeiros por atearem fogos no concelho de Alenquer

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Alenquer, Rodolfo Baptista, disse à Lusa que nunca suspeitou dos dois bombeiros, mas, face às suspeitas que recaem sobre eles, decidiu suspendê-los da função e tem vindo a colaborar com a PJ, pelo repúdio que a notícia foi recebida pelo restante corpo de bombeiros.

O bombeiro profissional foi detido no quartel na terça-feira e o voluntário na quarta-feira numa oficina onde trabalha como mecânico.