[notícia atualizada às 11h40 com mais dados sobre o contexto desta revelação, além da garantia da empresa de que as irregularidades não afetam os valores de catálogo.]
A Nissan admitiu esta segunda-feira que houve irregularidades no processo de recolha de dados sobre as emissões poluentes, um problema que afeta os carros produzidos em várias fábricas no Japão. A empresa reconhece que foram produzidos relatórios com valores “alterados”, mas garante, porém, que não existem quaisquer incorreções nas informações que são transmitidas na venda ao público.
Em comunicado (disponível aqui, em inglês), a Nissan explica que foram feitos “testes às emissões do tubo de escape e à economia de combustível que contêm um desvio” em relação aos procedimentos corretos. Mas, num segundo ponto, a empresa indica que outra irregularidade encontrada é que foram criados “relatórios de inspeção com base em medições alteradas”.
O caso de “conduta imprópria”, expressão usada pela própria empresa no comunicado, está relacionado com as irregularidades noticiadas em setembro sobre as qualificações (e vínculo contratual) dos inspetores que faziam os testes finais às emissões poluentes e outros parâmetros. Esse caso remonta a setembro de 2017 e “desde aí, a empresa tem feito, de forma proativa, verificações rigorosas a várias partes da sua operação”.
A empresa pede desculpa aos acionistas por esta “conduta incorreta” — numa referência ao caso das irregularidades no vínculo laboral com os inspetores, e os problemas que daí vieram — mas garante que está a tomar medidas para que não se repita. Além disso, deixa a garantia de que o caso não teve qualquer reflexo sobre os níveis de emissões poluentes e consumos que vão difundidos na comercialização dos veículos. Essa verificação foi feita para todos os modelos no que aos consumos diz respeito — e falta apenas confirmar o mesmo para as emissões poluentes num modelo, o GT-R.
A Nissan voltou a verificar dados de registo para confirmar que todos os modelos sujeitos a testes de amostra garantem as especificações de catálogo sobre os consumos de combustível, o que significa que não existem quaisquer erros nos valores divulgados pela Nissan”.
O Observador contactou fonte oficial da Nissan Portugal, que remeteu para o comunicado emitido a nível global pela Nissan, onde se garante que “não existem erros nos valores de consumo de combustível divulgados pela Nissan”.