O selecionador croata de futebol, Zlatko Dalic, disse esta terça-feira que a única coisa que pedirá aos seus jogadores na meia-final com a Inglaterra é que “desfrutem do jogo”, mas mostrou-se convencido de que “tudo é possível”.

Na conferência de imprensa de antevisão da segunda meia-final do Mundial, na quarta-feira em Moscovo, Dalic afastou a pressão, apesar de este se tratar de um dos mais importantes jogos do futebol croata. “Não temos razão para estar nervosos, nem para nos sentirmos debaixo de pressão”, disse o treinador bósnio, a partir do Estádio de Luzhniki, onde na quarta-feira, a partir das 19h (hora de Lisboa), defrontará os ingleses.

Dalic apelou, no entanto, ao “orgulho” e “às emoções”, num sentimento nacional para tornar felizes “quatro milhões de compatriotas”, que nas últimas semanas têm acompanhado a prestação da Croácia no Mundial da Rússia.

O treinador elogiou a campanha dos seus jogadores, lembrando que muitas vezes foram “desvalorizados” e que estes estão ao mesmo nível da seleção de 1998, que alcançou o terceiro lugar no Mundial de França. “Creio que neste Mundial os jogadores croatas têm demonstrado as suas qualidades, do mesmo modo que o fazem nos seus clubes, alguns deles em equipas como o Real Madrid, o FC Barcelona ou a Juventus”, justificou.

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Questionado sobre o lateral Sime Vrsaljko, do Atlético Madrid, o selecionador reconheceu que o defesa tem “um problema no joelho” e poderá ser baixa para o encontro de quarta-feira. “Jogarão os que estiverem a 100%”, disse Dalic. Um deles, disse, será o capitão Luka Modric, um jogador de “liderança” e “qualidade”, de quem os companheiros “esperam sempre algo”.

O técnico disse ainda estar muito feliz pelo facto de um jogador como Modric, de 32 anos, estar na meia-final, uma vez que esta pode ser a sua última prestação num campeonato do mundo. “O Luka está a jogar o melhor futebol da sua vida, particularmente aqui, com a seleção nacional (…), mas todos os jogadores estão a esforçar-se muito”, referiu Dalic, justificando ter em ‘mãos’ uma “equipa compacta”, em que todos dão tudo uns pelos outros.

Em relação à Inglaterra, que procura a sua segunda final, depois de ter sido campeã como anfitriã em 1966, Zlatko Dalic diz ter identificado os perigos que podem vir do conjunto inglês. “Sabemos quais são as suas ameaças. Jogam com um sistema diferente (3-5-2), mas talvez seja melhor para nós o seu futebol ofensivo”, concluiu.

O jogo entre Inglaterra e Croácia disputa-se na quarta-feira no Estádio Luzhniki, em Moscovo, com arbitragem do turco Cuneyt Çakir.