As bombas de extração montadas na gruta de Tham Luang para resgatar as 12 crianças e o treinador presos no interior de uma caverna falharam pouco depois das operações de socorro, desvenda o The Guardian. De acordo com três mergulhadores australianos, as equipas de voluntários estavam a um quilómetro e meio da entrada da gruta a retirar o material quando a principal bomba de extração — montada junto à câmara três, onde os mergulhadores tinham um campo-base — falhou. O nível da água subiu rapidamente a partir daí, obrigando a uma evacuação.
Os mergulhadores dizem que estavam na câmara três a recolher o material usado durante o resgate quando começaram a ouvir gritos e a ver muitas lanternas na entrada da gruta:
Os gritos começaram a chegar porque as bombas principais falharam e a água começou a subir. Todas essas luzes começaram a surgir à entrada e a água estava a entrar. Estava a subir visivelmente”, recordam.
Os cem voluntários no interior da gruta correram em direção à entrada, mas ainda demoraram uma hora a sair de lá. Foi nessa evacuação que os últimos três fuzileiros tailandeses e o médico australiano que acompanharam os rapazes e o treinador depois de terem sido encontrados conseguiram sair da gruta.
Só na terceira câmara da gruta de Tham Luang há 46 quilos de material de mergulho e 20 toneladas de equipamentos como rádios, cilindros de ar , bombas de extração de água com tamanho industrial, botijas de oxigénio e de ar comprimido, material médico e comida. Esse material foi deixado nessa câmara porque era a única a que os mergulhadores tinham acesso facilitado: para passar para a quarta câmara, onde a equipa de futebol estava, teriam de passar todo esse material por uma abertura com menos de um metro. Para passarem para a caverna onde o grupo estava, os mergulhadores tinham de usar equipamentos menos sofisticados e montar as botijas de ar comprimido ao lado do corpo, em vez de ficarem nas costas.