O PCP fez saber esta terça-feira que está desiludido com as conclusões do Conselho de Ministros extraordinário dedicado ao interior. Numa nota enviada à imprensa, os comunistas fazem duras críticas à reunião do Governo que aconteceu na semana passada na Pampilhosa da Serra. “É preciso bem mais do que propaganda e anúncios”, dizem.
Mais do que anunciar 62 medidas, o PCP gostava de ter visto um maior rigor na apresentação das conclusões. Falta “a indispensável descrição dos meios” para a concretização dessas medidas. Isto porque, na ótica comunista, a “sucessão de medidas anunciadas não inverte por si as razões de fundo que estão na origem dos problemas.”
“As palavras têm de corresponder aos atos”, exigem os comunistas. Numa reação dura às medidas anunciadas pelo Governo para valorizar o interior, o PCP mostra-se insatisfeito e quer mais da parte do Governo. Não esquece os dramáticos incêndios de junho e de outubro do ano passado e lembra que há medidas do Orçamento do Estado de 2018 que estão por cumprir. Fica o aviso.
O comunicado foi enviado no mesmo dia em que a Geringonça voltou a dar sinais de força, depois de PCP e Bloco de Esquerda terem recuado na votação e ter acabado por chumbar a lei que iria baixar o ISP. O Conselho de Ministros realizou-se no sábado 14 de julho na Pampilhosa da Serra, um ato sobretudo simbólico, já que se trata de um dos concelhos mais pobres do País.