No início de junho, a NASA anunciou a descoberta de moléculas orgânicas na superfície de Marte, um passo que pode ajudar na missão de encontrar vida no planeta vermelho. No entanto, esta mesma descoberta pode já ter sido feita há 40 anos pelas sondas Viking, de acordo com um estudo publicado no Journal of Geophysical Research: Planets. 

A Viking 1 foi lançada dia 20 de agosto de 1975 e a Viking 2 no dia 9 de setembro do mesmo ano. As primeiras experiências em Marte começaram em 1976, com o objetivo de encontrar matéria orgânica no planeta. Os cientistas sabiam que Marte tinha chuvas de micrometeoritos ricos em carbono, bem como moléculas orgânicas mais complexas, estando convencidos de que  planeta deveria ter várias dessas substâncias.

Mas os resultados não foram os esperados e vários investigadores começaram a tentar perceber o mistério. Depois de vários resultados inconclusivos, em 2008 o módulo de aterragem Phoenix encontrou um sal conhecido como perclorato na polo norte de Marte. Esta substância é usada para fazer combustível para os foguetões e torna-se explosiva quando é submetida a altas temperaturas.

A conclusão foi a de que durante as análises das amostras de solo recolhidas pelas Viking, com a ajuda de um maçarico, o perclorato acabou por entrar em combustão, destruído qualquer prova que houvesse da existência de vida no planeta. Por puro acidente, as primeiras provas foram assim destruídas.

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