Já são conhecidas as taxas extra às importações provenientes da China para o mercado americano, impostas pelo Presidente Trump, que vão obrigar os fabricantes de automóveis – os de outras áreas também – a jogar no tabuleiro da produção industrial mundial para evitar males maiores. A Volvo é a primeira a reagir, deixando de exportar para os EUA modelos como o XC60, a partir da fábrica que possui na China, passando a realizá-las a partir da linha de produção europeia de Torslanda, na Suécia.

As novas taxas vão obrigar-nos a reprogramar a produção, de forma a enviarmos os veículos para os EUA a partir da nossa fábrica na Europa, passando a China a servir outros mercados”, explicou o CEO da Volvo, Hakan Samuelsson.

Nos primeiros seis meses de 2018, as vendas da marca sueca nos EUA aumentaram 40%, para o que muito contribuiu o SUV XC60, que comercializou 14.790 unidades na primeira metade do ano, um salto de 64% face a 2017. Com a recentemente imposta taxa de 25% às importações da China, é bem provável que o XC60 não seja o único Volvo que passa a ser exportado para a América a partir de linhas europeias, com o S90 a ser muito possivelmente o modelo que se segue.

A recém-inaugurada fábrica americana da Volvo, em Charleston, a primeira daquele lado do Atlântico, está concebida para produzir 150.000 unidades por ano, todas elas do novo S60, metade das quais destinadas à exportação. Situação que, com a óbvia resposta europeia e chinesa aos impostos de Trump, deverá estar condenada. A solução mais provável pode passar, a prazo, pela deslocação para a fábrica inaugurada em Junho da Carolina do Sul dos veículos mais necessários ao mercado local, contando que partilhem a mesma plataforma. Isto porque, mesmo a importação de modelos da Europa, vai expô-los a taxas que invariavelmente incrementarão o seu preço.

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