Hoje foi um dia muito agitado para os lados de Turim, com as direcções da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e da Ferrari a serem convocadas para uma reunião de emergência. O motivo? O estado de saúde do homem forte do grupo, Sergio Marchionne, que também dirigia a marca do cavallino rampante.

O gestor terá sido internado no início de Julho, a fim de submeter-se a uma cirurgia ao ombro. Sucede que, de acordo com a (parca) informação disponibilizada pela FCA à imprensa, a intervenção cirúrgica teve complicações, que se agravaram. Sem esclarecer a condição de Marchionne ou especificar a sua actual situação clínica, o comunicado menciona apenas “complicações inesperadas que aconteceram na última semana”, situação que “piorou nas últimas horas”.

A FCA diz ainda estar “profundamente triste” com o sucedido, acrescentando que “por essa razão, Marchionne não poderá voltar ao trabalho”. Recorde-se que a saída de Marchionne estava já prevista e, de certa forma, a ser preparada. Mas só deveria acontecer dentro de alguns meses, tudo apontando para que a sucessão se realizasse por ocasião da reunião anual com os accionistas, a próxima agendada para Maio.

Sabia-se que Marchionne preferia que o seu lugar fosse assumido por um homem da sua confiança, nomeadamente Richard Palmer, o actual director financeiro da FCA. Contudo, nomes como Alfredo Altavilla, CEO da Fiat-Chrysler para Europa, Médio Oriente e Ásia, ou Mike Manley, que dirige a Jeep desde 2011 e a Ram desde 2015, seriam mais do agrado da família Elkann. Recorde-se que Marchionne era quem mandava, mas John Elkann era, e continua a ser, chairman do grupo, cuja família detém 29% das acções. Aos media italianos, John falou de uma “transição dolorosa”, mas parece que acabou por levar a sua avante: o novo CEO da FCA será Mike Manley, uma proposta que será levada a reunião de accionistas dentro de dias. Já John Elkann, que até aqui era vice-presidente da Ferrari, assume a liderança do construtor de Maranello.

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