Os combatentes do autoproclamado Estado Islâmico (EI) atacaram na quarta-feira uma cidade e várias aldeias no sul da Síria, travando violentos confrontos com os moradores, que, segundo autoridades provinciais de saúde, causaram mais de 200 mortos.

Os ataques coordenados em toda a província de Sweida, que incluíram vários atentados suicidas, abalaram a calma de uma região que esteve quase sempre isolada e longe dos piores confrontos, ao longo dos sete anos de guerra civil na Síria. Os atentados suicidas cometidos na capital da província foram aparentemente coordenados para coincidir com os ataques às aldeias do interior do país, criando um caos em toda a província, segundo a agência de notícias norte-americana AP.

Os ataques desencadearam confrontos entre combatentes pró-governo e moradores contra os militantes do EI. Os moradores também pegaram em armas para defender as suas cidades.

Ao anoitecer, a diretoria de saúde da província tinha registado 204 civis mortos e 180 feridos, segundo o funcionário local Hassan Omar, tornando-se o dia mais sangrento para a província desde a revolta nacional de 2011, que desencadeou a guerra civil em curso.

Bou Ammar, residente na vila de Shbiki, disse que alguns moradores abriram inadvertidamente as portas quando os militantes do EI dirigiram-se às casas, na madrugada de quinta-feira, acrescentando que o ataque foi inesperado. “Eles raptaram mais de 40 pessoas, todas mulheres e crianças”, afirmou Bou Ammar.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos avançou que pelo menos 183 pessoas foram mortas, incluindo 94 moradores que faziam parte das milícias de defesa locais, que têm o apoio do governo sírio. Pelo menos 45 militantes do EI também foram mortos nos combates.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR