O CEO da Audi foi preso em Junho, na sequência das investigações no âmbito do Dieselgate, que levaram as autoridades alemãs a deter Rupert Stadler. Desde então, a solução para liderança da marca dos quatro anéis foi encontrada em casa, com o director de Vendas e Marketing Bram Schot a assumir provisoriamente os comandos.

Mas um comunicado emitido pelo Grupo Volkswagen, na passada terça-feira, leva a crer que Stadler não vai sair da prisão tão depressa – isto embora o discurso oficial continue a ser o de que ele é presumivelmente inocente, até prova em contrário. O certo é que Rupert encontra-se há cerca de um mês encarcerado no estabelecimento prisional de Augsburg. Enquanto isso, o conglomerado germânico assume que convidou o até agora responsável pelas compras da BMW, Markus Duesmann, para integrar o conselho de administração do grupo. A mesma nota adianta ainda que Duesmann ocupará o seu assento no board “logo que puder”.

A fazer o quê, em concreto, não é dito, mas o jornal alemão Handelsblatt  escreve que Duesmann vai ser o novo CEO da Audi, com fontes contactadas pela Automobilwoche a assegurarem à publicação germânica que ele deverá assumir essas novas funções, o mais tardar, no dia 1 de Janeiro de 2019 – muito embora a casa de Ingolstadt preferisse que tal acontecesse o mais rapidamente possível. Ao que parece, o “quando” depende das condições contratuais que vinculam Duesmann à rival BMW, marca a que o engenheiro mecânico de 49 anos está ligado há mais de uma década.

Markus Duesmann juntou-se ao Grupo BMW em 2007, para liderar a divisão de motores de Fórmula 1. Em 2016, passou a chefiar as compras – curiosamente, essa função foi antes desempenhada por Herbert Diess, o homem que também trocou a BMW pela Volkswagen a 1 de Julho de 2015 e que, agora, é o responsável máximo do grupo.

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