O Golf sempre foi uma instituição dentro da Volkswagen. É o modelo que mais vende e possui uma imagem que chega a ser superior à da própria marca, ela que é de longe a mais vendida na Europa e lidera o Grupo que mais veículos comercializa no mundo.

O e-Golf, a versão 100% eléctrica alimentada por bateria do popular modelo alemão, nasceu como forma de disponibilizar um carro que se locomovesse electricamente, para poupar o ambiente, mas que mantivesse intacto o aspecto exterior (e interior) do best-seller, para não ferir susceptibilidades. Estratégia que ainda hoje funciona.

A pouco mais de um ano de começarem a ser conhecidas as versões de série da nova família de veículos eléctricos que está a preparar, conhecida como I.D., a VW continua surpreendida com a popularidade do modelo. Herbert Diess garantiu, na conferência de imprensa anual que “todas as unidades que conseguem produzir do e-Golf estão vendidas”, registando com curiosidade que o modelo “tenha vendido em 2017 três vezes mais do que em 2016”.

Enquanto não chegam o I.D. Neo (assim parece que se vai chamar o modelo mais simples da gama), o I.D. Buzz, o I.D. Vizzion e o I.D. Crozz, todos eles a recorrer já à nova plataforma para veículos eléctricos MEB, a VW continua a vender o e-Golf como pãezinhos quentes, com base no Golf que nem sequer foi concebido originalmente para ter versão eléctrica e alojar baterias no seu interior. Mas nem isso impediu e-Golf de comercializar mais unidades no início de 2018 do que a maioria dos rivais, sendo que todos eles foram concebidos de raiz para serem  exclusivamente eléctricos, logo com maior potencial para alojar este tipo de tecnologia.

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