O 71.º Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, começa esta quarta-feira, incluindo dois filmes portugueses em competição e a exibição dos novos filmes de Vicente Alves do Ó, Rodrigo Areias e Tiago Hespanha, em fase de pós-produção. “3 anos depois”, curta-metragem de Marco Amaral, competirá na secção “Pardi di domani”, enquanto a longa-metragem “Sobre tudo sobre nada”, primeira obra de Dídio Pestana, foi selecionada para a secção “Signs of Life”.

Há ainda duas coproduções portuguesas no festival: “Grbavica”, do catalão Manel Raga Raga (Portugal/Bósnia Herzegovina/Espanha), na secção “Pardi di domani”, e “Como Fernando Pessoa salvou Portugal” (Portugal/França/ Bélgica), do realizador norte-americano Eugène Green, com elenco português, no programa “Signs of life”.

O cinema português está este ano em foco no programa “Primeiro Olhar” do festival, no qual serão exibidos seis filmes em fase de pós-produção, para uma audiência composta apenas por profissionais, entre programadores, exibidores, distribuidores e produtores.

De acordo com informação disponibilizada no ‘site’ do festival, os filmes escolhidos foram “Campo”, de Tiago Hespanha, “Gabriel”, de Nuno Bernardo, “Golpe de Sol”, de Vicente Alves do Ó, “Hálito Azul”, de Rodrigo Areias, “Terra”, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres, e “Viveiro”, de Pedro Filipe Marques. Os seis filmes deverão estar prontos entre setembro e novembro deste ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em fevereiro, quando o festival anunciou a escolha de Portugal para este programa, a diretora artística adjunta de Locarno, Nadia Dresti, afirmava que “o cinema português tem sido sempre aclamado pela excelência artística por parte da crítica, mas ao mesmo tempo tem cativado os distribuidores e os principais festivais internacionais”.

Numa parceria com o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), o programa tem por objetivo garantir a finalização e a internacionalização dos filmes a selecionar. A programação da 71.ª edição do festival de Locarno, que decorre até 11 de agosto, inclui outros filmes portugueses, dois dos quais em competição.

O júri “Pardi di domani”, presidido pelo realizador francês Yann Gonzalez, integra também a realizadora portuguesa Marta Mateus e o nepalês Deepak Rauniyar. Este será o último festival sob a direção artística de Carlo Chatrian, convidado para assumir o mesmo cargo no Festival de Cinema de Berlim em 2020, em parceria com Mariette Rissenbeek.

O festival abrirá com “Les beaux esprits”, de Vianney Lebasque, e encerrará com “I feel good”, de Benoît Delépine e Gustave Kervern. Destaque ainda para a presença dos filmes brasileiros “Temporada”, de André Novais Oliveira, e “Sedução da carne”, de Júlio Bressane, ambos em competição e em estreia mundial.