A ambientalista Mariana Silva defendeu este sábado, em Brasília, o realinhamento político no Brasil, país polarizado ideologicamente entre direita e esquerda, no anúncio da sua terceira tentativa de chegar à Presidência da República.

“Desde 2010 tenho dito que nós vamos fazer um realinhamento político, acabar com a oposição cega que só vê defeitos mesmo quando há acertos evidentes”, disse Marina Silva, que intervinha na convenção do partido Rede Sustentabilidade.

“Se houver virtudes [vamos reconhecer] mesmo quando existem erros inaceitáveis. Não queremos abolir a inteligência e o ato de pensar na política. O ato de ter um pensamento firme e independente quando necessário”, acrescentou.

Em defesa do seu passado, Marina Silva disse que trilhou o caminho da política, mas nunca deixou de percorrer o caminho dos estudos de psicanalise e psicopedagogia, e exaltou a sua espiritualidade, frisando que se move pela fé e pela determinação.

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“Tenho a fé para remover as montanhas que eu não tenho como escalar”, afirmou.

Sobre a aliança da Rede Sustentabilidade com o Partido Verde (PV), a candidata afirmou que “é um encontro programático”, que se deu por afinidade no tema ambiental e não para aumentar o tempo de “televisão, nem para ter dinheiro para pagar ‘marqueteiro’ [relações públicas] milionário como vimos na eleição passada. É uma aliança para ajudar a transformar o Brasil”.

O partido Rede Sustentabilidade confirmou por aclamação o nome de Marina Silva, que terá ao seu lado para o cargo de vice-presidente o ex-deputado Eduardo Jorge, do PV, numa candidatura batizada de “Unidos para Transformar o Brasil”.

Aos 60 anos, Marina Silva ficou conhecida no Brasil por defender a agenda ambiental.

Foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo Estado brasileiro em duas ocasiões (1995 a 2010).

A sua passagem mais marcante na política foi no cargo de ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008, no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Disputou a Presidência do Brasil em duas eleições, em 2010 e 2014, não tendo chegado na segunda volta em nenhuma das ocasiões.

As eleições presidenciais brasileiras realizam-se em outubro.