O projeto curatorial e expositivo que vai representar Portugal na Bienal de Arte de Veneza do próximo ano vai ter ao dispor 199.400 euros no âmbito do programa de apoio a projetos da Direção-Geral das Artes, foi esta segunda-feira anunciado.

De acordo com o aviso 10689-B/2018, publicado esta segunda-feira no 1.º suplemento da série II do Diário da República, o montante total disponibilizado pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) para o Programa de Apoio a Projetos para seleção do projeto curatorial e expositivo para a representação oficial portuguesa na 58.ª Exposição Internacional de Arte — Bienal de Veneza 2019, é de 199.400 euros, a repartir equitativamente (99.700 euros) por este ano e pelo próximo. A abertura do concurso publicado esta segunda-feira em DR data de sexta-feira.

O concurso decorre nos termos do Regime de Atribuição de Apoios Financeiros do Estado às Artes Visuais e Performativas e do Regulamento dos Programas de Apoio às Artes e Regulamento de composição e funcionamento das Comissões de Apreciação. Mais informações encontram-se disponíveis para consulta no Balcão Artes, em https://www.dgartes.gov.pt.

A 58.ª Bienal de Veneza decorre de 11 de maio a 24 de novembro de 2019 e vai abordar os atuais “tempos interessantes”, como disse, em meados de julho, o curador Ralph Rugoff. O tema da bienal, segundo o curador, foi retirado da expressão “May You Live in Interesting Times” (“Que vivas tempos interessantes”, em tradução livre), que remete para uma antiga maldição que desejava ao visado, tempos de incerteza, crise e turbulência, que, segundo o responsável, espelham a atualidade.

“Num momento em que a disseminação digital das notícias falsas e factos alternativos está a corroer o discurso político e a confiança de que depende, é importante fazer uma pausa para encontrar as nossas referências”, disse Ralph Rugoff, que é responsável pela Hayward Gallery, em Londres.

A Bienal de Arte de Veneza 2019 “não terá um tema por si própria, mas irá destacar uma abordagem geral à criação artística e uma visão da arte como função social, abraçando tanto o prazer como o pensamento crítico”, acrescentou. “Artistas que pensem desta maneira vão oferecer alternativas ao significado dos chamados factos, sugerindo outras formas de comunicar e contextualizá-los”, disse o curador.

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