O Sindicato dos Trabalhadores das Comunicações e Audiovisual (SINTTAV) afirmou esta terça-feira que irá até às “últimas consequências” na defesa dos 29 trabalhadores do call-center da Meo/Altice da Madeira que foram informados da cessação contratual na semana passada.

“O nosso gabinete jurídico estará a dar apoio a todos os trabalhadores que se encontram nesta situação de rescisão contratual”, disse o dirigente sindical Baptista Monteiro, no decurso de um protesto à porta da sede da Meo/Altice no Funchal, classificando o caso como “despedimento encapotado”.

[frames-chart src=”https://s.frames.news/cards/altice/?locale=pt-PT&static” width=”300px” id=”134″ slug=”altice” thumbnail-url=”https://s.frames.news/cards/altice/thumbnail?version=1529506132317&locale=pt-PT&publisher=observador.pt” mce-placeholder=”1″]

A situação foi denunciada na passada sexta-feira, numa iniciativa partidária, pelo coordenador regional do PCP da Madeira, Edgar Silva, mas no sábado a Altice Portugal divulgou um esclarecimento no qual “repudia as acusações de que foi alvo”, reafirmando “que não há qualquer processo de despedimentos em Portugal Continental e ilhas, mais concretamente na Região Autónoma da Madeira”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O sindicato reconhece que se trata de cessações de contrato, mas considera-o uma “forma de despedimento encapotado” e, por isso, convocou para esta segunda-feira um protesto junto à sede da Meo/Altice na capital madeirense, que juntou vários dirigentes e delegados sindicais, bem como alguns trabalhadores.

O SINTTAV está ao lado deles [dos trabalhadores], vai continuar ao lado deles e iremos até às últimas consequências, mesmo que seja a via judicial”, disse Baptista Monteiro, realçando que os trabalhadores serão apoiados “a 100%” e “sem reticência alguma”.

O call center da Meo/Altice da Madeira conta com 280 trabalhadores, sendo que, segundo o sindicato, 29 foram informados na semana passada da cessação do contrato. Baptista Monteiro alertou, por outro lado, para o facto de os contratos, válidos por um ano, conterem uma cláusula que indica que a atividade poderá cessar de 15 em 15 dias.

“Pretendemos abolir estes contratos e que a lei seja alterada”, afirmou o sindicalista. “Não podemos pactuar com isto”, acrescentou.