Angola tem um défice de produção agrícola de 30% a 45% e precisa anualmente de ser abastecida com cinco milhões de toneladas para fazer face às necessidades alimentares, fabrico de rações e de sementes, assumiu esta quinta-feira o Governo angolano.

Citado pela agência noticiosa angolana ANGOP, Marcos Alexandre Nhunga, que falava à margem do primeiro Conselho Consultivo do Ministério, que decorre na cidade do Luena (província do Moxico, leste), referiu que o país produz atualmente apenas cerca de dois milhões de toneladas de cereais. Nesse sentido, indicou que o Governo está a aumentar os apoios à agricultura, sobretudo a familiar, responsável por cerca de 80% da produção consumida em Angola. “Temos de fazer tudo para que esses agricultores familiares não só tenham a posse dos fatores de produção a bons preços, mas que também possam produzir e comercializar os seus produtos”, defendeu.

Marcos Alexandres Nhunga adiantou que o executivo está a fazer o esforço de diminuir o preço da charrua, planta da família das compostas, “que garante uma produção muito forte”, sobretudo no centro e sul do país, onde a maior parte dos agricultores se dedica à produção do milho, feijão e a mandioca, alimentos que constituem a base alimentar da população. “Vamos fazer tudo para que os fatores de produção sejam acessíveis de forma a tornar a agricultura competitiva”, indicou.

A reunião, que termina esta quinta-feira, está a analisar questões, entre outras, ligadas aos desafios e oportunidades do setor agrário na província do Moxico, da comunicação na promoção da agricultura como setor chave no processo da diversificação da economia e o comércio rural como alavanca para a produção agrícola.

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