Cerca de 18% das crianças angolanas entre os 12 e os 23 meses ficaram sem tomar as vacinas recomendadas internacionalmente em Angola, indicou a diretora adjunta do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ana Paula Machado, que falava na sexta-feira no “workshop” realizado pela 6.ª Comissão dos Deputados da Assembleia Nacional (AN) angolana sobre “Os Indicadores Múltiplos e de Saúde 2015/2016”, realçou que, depois da primeira e segunda vacinas (primeira dose), as mães deixam de levar os bebés para dar continuidade à vacinação.

A responsável do INE apresentou os dados do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2015/2016 e deu conta de que apenas 31% das crianças tomaram todas as vacinas.

Segundo os dados, 68% das crianças foram vacinadas contra a pólio 1, 56% contra o pólio 2 e apenas 42% contra o pólio 3, o que representa uma percentagem decrescente.

No inquérito, a percentagem de criança entre os 12 e os 23 meses que tomaram todas as vacinas básicas diminuiu em função da ordem de nascimento, sendo que a cobertura de todas as vacinas varia por províncias, sendo a maior em Luanda, com 50%, e a menor no Cuando Cubango, com apenas 8%.

Segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Programa Nacional de Vacinação (PAV), considera-se que uma criança está completamente vacinada quando lhe é administrada a vacina BCG, a poliomielite 0 à nascença, e três doses de vacina contra a poliomielite e pentavalente (difteria, tétano, tosse convulsa) aos dois, quatro e seis meses.

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