Chegou ao FC Porto há menos de um mês e, aos 20 anos, já fez história no futebol português. E nem precisava de ter marcado na estreia pelos dragões para ter um lugar único no livro sagrado do Campeonato Nacional: Marius Mouandilmadji é o primeiro jogador oriundo do Chade a jogar na Primeira Liga. E não podia ter desejado melhor início: entrou aos 81′ e marcou com um cabeceamento sete minutos depois, aos 88′, o seu primeiro golo com a camisola do FC Porto, naquele que foi o quinto e última da goleada azul e branca sobre o Desp. Chaves. Na chegada ao Dragão, dizia ser preciso “cabeça fria” na hora da decisão; hoje mostrou que dentro de campo prefere ter a cabeça quente.

O avançado de 1,82 metros chegou ao FC Porto durante o mês de julho, depois de se ter sagrado melhor marcador do campeonato camaronês ao serviço do Coton Sport, clube que projetou o agora companheiro de azul e branco Aboubakar para o futebol europeu. E Marius não esqueceu o avançado na altura de decidir a mudança para a Europa, nem a aposta feita por Sérgio Conceição nos jovens jogadores.

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“A presença de Sérgio Conceição motivou-me muito. O nosso treinador confia nos jovens jogadores e isso motiva-me. Também me encorajou a presença de Aboubakar”, confessou o jovem, à chegada ao Dragão.

No campeonato camaronês foram 18 golos em 30 partidas; no FC Porto, leva um em nove minutos jogados. Ao segundo encontro oficial dos dragões e aproveitando as baixas de Marega e Soares, Sérgio Conceição promoveu a estreia do jovem de 20 anos, dando-lhe razão na escolha feita e que já deu o primeiro fruto com direito a primeiro festejo.

Não foi fácil porque, quando tens de decidir, é preciso ter a cabeça fria e ter calma para fazer a escolha certa. Era importante encontrar um clube que me desse as melhores condições para continuar a aprender e evoluir”, explicava o jovem avançado nos primeiros momentos de azul e branco, concluindo: “Penso que será o caso aqui no FC Porto porque é um clube com grande história”.

Marius Mouandilmadji assinou contrato até 2022 e tinha tempo para entrar na história do clube. Mas não teve calma. Na realidade, mostrou cabeça fria na hora da decisão e cabeça quente para a finalização logo na estreia de azul e branco. Uma mistura explosiva que já se tornou única na Primeira Liga. Se seguir os passos de Aboubakar, muitos mais golos estarão para vir, sempre com a cabeça no lugar.