O presidente do Governo italiano, Giuseppe Conte, anunciou esta sexta-feira que comunicou oficialmente à empresa Autostrade que deu início ao procedimento para terminar a concessão da gestão das estradas italianas, no seguimento da queda parcial do viaduto em Génova.
“Em comunicado, Conte acusa a concessionária do grupo Atlantia, “que tinha a obrigação de ocupar-se da manutenção ordinária e extraordinária da autoestrada A10”, de ser a responsável pela “tragédia da queda da ponte”, que fez 38 vítimas mortais. “A concessionária terá a possibilidade de comunicar as suas conclusões nos próximos 15 dias”, acrescenta a nota do primeiro-ministro italiano, que surge numa altura em que as autoridades ainda estão à procura da causa concreta da queda parcial do viaduto.
A primeira hipótese que está a tomar forma, segundo a agência de informação espanhola Efe, é a de que uma das correias que prende o viaduto pode ter-se rompido, originando uma fenómeno semelhante a um tremor de terra, comentou aos órgãos de comunicação italianos o professor da Universidade de Engenharia de Génova que faz parte da comissão ministerial encarregada de esclarecer as causas do acidente.
As autoridades estimam que possa haver ainda uma dezena de pessoas desaparecidas por baixo dos escombros, mas não há dados oficiais sobre estes desaparecidos, que a Proteção Civil diz serem cinco pessoas. Na terça-feira, cerca das 12h00 locais, um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi ruiu, fazendo com que dezenas de veículos caíssem de uma altura de 90 metros.
As autoridades italianas estão a planear um funeral de Estado para todas as vítimas mortais, cerimónia que irá decorrer no sábado naquela cidade portuária no noroeste de Itália. Nesse mesmo dia será cumprido um dia de luto nacional. O serviço religioso será realizado num pavilhão e será presidido pelo arcebispo de Génova, cardeal Angelo Bagnasco.