O número de mortes confirmadas devido ao surto de ébola que afeta o nordeste da República Democrática do Congo (RD Congo) subiu para 20, de acordo com os dados divulgados este sábado pelo Ministério da Saúde do país.
A mais recente atualização, que inclui os dados até a quinta-feira passada, indicou ainda um total de 47 mortes — incluindo os casos prováveis e suspeitos — e que em 87 casos já foram confirmados 60 como sendo ébola.
O surto de ébola foi declarado nas províncias no nordeste do país, nomeadamente Kivu do Norte e Ituri, a 1 de agosto, apenas oito dias após o ministro da Saúde congolês, Oly Ilunga, ter anunciado o fim de um surto de ébola na província do Equador (noroeste).
As autoridades descartaram qualquer relação entre as duas situações, porque este atual surto, diferentemente do Equador, é causado pela linhagem Zaire, a mais letal que existe.
O vírus do ébola é transmitido por contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados, causando hemorragia grave e tem uma taxa de mortalidade de 90%.
A pior epidemia desta doença foi declarada em março de 2014, com os primeiros casos que remontam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri e que, posteriormente, se expandiu para Serra Leoa e Libéria.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizou o fim da epidemia em janeiro de 2016, depois de registar 11.300 mortes e mais de 28.500 casos, embora a agência da ONU tenha admitido que estes números podem ser conservadores diante da situação encontrada naqueles países africanos.