A saída de quase 500 elementos da GNR para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) deixou os postos sem efetivos suficientes para cumprir os patrulhamentos que fazem parte das suas competências, noticiou o jornal i (edição impressa). O GIPS conta com 1.062 elementos desde meados de maio.

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) denuncia que os elementos transferidos para a valência da GNR especializada no combate a incêndios provinham maioritariamente de postos territoriais. Estes elementos estariam já a trabalhar em postos territoriais que já se encontravam “desfalcados”, afirmou César Nogueira, presidente da associação. Em cada ano entram cerca de 200 a 300 elementos novos, mas saem cerca de 700 para a reforma.

Devido à falta de guardas, as zonas vizinhas fazem escalas conjuntas para que, quando não haja ninguém num posto à noite, o posto vizinho faça o patrulhamento das duas zonas. Além disso, a falta de pessoal está também a comprometer os patrulhamentos de proximidade e de prevenção.

Para compensar a redução do número de guardas, abriu um curso em fevereiro para 600 novos elementos. A formação teórica foi abreviada para os novos guardas e estes já se encontram a fazer estágio, com um grupo de estagiários de um curso anterior. O problema é que nem existem graduados suficientes para os acompanhar, nem os estagiários podem realmente substituir os guardas que foram transferidos, alerta César Nogueira. Os estagiários não podem andar armados, mandar parar carros ou sequer conduzir as viaturas da GNR.

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